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Tauste, Caedu, Santa Lolla: conheça as emergentes do varejo brasileiro

Empresas regionais puxam o crescimento das 300 maiores varejistas do País, segundo o ranking Cielo-SBVC; pulo do gato é a escala no volume de vendas e conhecimento do mercado local

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Foto do author Márcia De Chiara

O que a Caedu, a Santa Lolla e o supermercado Tauste têm em comum? Todas são varejistas emergentes que começaram com uma atuação regional, ganharam visibilidade no mercado e, nos últimos anos, romperam a marca de R$ 1 bilhão em vendas. As três companhias fazem parte da lista das 300 maiores varejistas do País, segundo o Ranking Cielo-SBVC de 2024.

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As vendas das 300 maiores varejistas do País, que em 2023 somaram R$ 1,129 trilhão, têm crescido acima da média do varejo como um todo nos últimos dez anos. E as companhias que estão puxando esse desempenho são as regionais, afirma o consultor Eduardo Terra, presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) e responsável pelo ranking.

Segundo o estudo, o auge da participação das dez maiores varejistas no total de vendas das 300 empresas listadas no ranking foi alcançado em 2020, atingindo 40,4%. Desde então, essas companhias vêm registrando perda contínua nessa representatividade.

Em 2023, a fatia das dez maiores varejistas recuou para 37,2%, com queda de quase três pontos porcentuais. Isso mostra que o motor está nas empresas regionais, afirma Terra.

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A razão apontada pelo especialista para as empresas regionais se destacarem é que elas aliam escala nas vendas com conhecimento do mercado local e agilidade. Com isso, ganham força junto aos fornecedores, nas negociações imobiliárias e também na adoção de tecnologia.

Além de serem regionais, o ponto comum das empresas emergentes para ampliar seu protagonismo no varejo é a gestão. “É a lição de casa típica de fazer planejamento, conseguir trabalhar times e melhorar processos”, destaca.

Caedu, rede varejista de vestuário popular, faturou pela primeira vez R$ 1 bilhão em 2023 Foto: Alex Silva/Estadão

A Caedu, por exemplo, que em 2023 rompeu pela primeira vez a marca de R$ 1 bilhão em vendas, ajustou o preço dos itens de vestuário que vende ao bolso do seu cliente, que é das classes de menor renda.

Já a Santa Lolla, franquia de calçados que faturou R$ 2,3 bilhões em 2023, segundo o ranking da SBVC, mantém até hoje um modelo de negócio praticamente sem ativos, igual quando começou, para reduzir custo e ter preço mais competitivos.

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No caso do supermercado Tauste, de Marília (SP), a opção foi por uma expansão lenta e gradual nas duas primeiras décadas da empresa para conhecer os mercados e crescer sem endividamento. Assim ganhou musculatura para estrear na cidade de São Paulo, o maior mercado consumidor do País.

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