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Repórter especial de economia em Brasília

Boa vontade no TCU

O próprio presidente do tribunal já havia declarado que não era necessária PEC para o Auxílio

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Foto do author Adriana Fernandes
Atualização:

O coordenador da equipe de transição, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin tem nesta quinta-feira à tarde uma reunião com o Tribunal de Contas da União (TCU).

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O encontro será muito importante para definir o caminho que o governo eleito vai tomar para conseguir cumprir ao menos as promessas emergenciais assumidas durante a campanha de Lula.

A principal delas é pagar no dia 1.º de janeiro de 2023 o Auxílio de R$ 600. Outras foram elencadas pelo senador eleito Wellington Dias (PI): dar aumento real do salário mínimo e reforço na Farmácia Popular, mutirão para zerar as filas dos SUS e verbas para merenda escolar e universidades.

Novo governo pretende reforçar a Farmácia Popular.  Foto: Ministério da Saúde/Divulgação

Negociadores de Lula avaliam fazer uma consulta formal ao TCU para saber se o novo governo pode pagar o Auxílio Brasil de R$ 600, sem a necessidade de aprovação de uma PEC. Ou via a edição de uma medida provisória prevendo crédito extraordinário. Ou permitindo que o governo possa usar os recursos já disponíveis no Orçamento para pagar R$ 405 até que o governo empossado possa negociar a aprovação de um waiver (uma licença para gastar).

Com a consulta, haveria maior segurança jurídica. Para o PT, seria muito difícil definir todo o tamanho do waiver agora, sem nem ter assumido.

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No TCU, há boa vontade de ministros da Corte de Contas com o governo eleito. Não se pretende criar dificuldades para o governo que não fez o próprio Orçamento, apurou a coluna.

Nesse momento de definições, é importante lembrar que o próprio presidente do tribunal, Bruno Dantas, já declarou publicamente, em evento do mercado, que não precisava de PEC para pagar o Auxílio.

Bruno Dantas falou com o ministro Paulo Guedes sobre esse posicionamento na época. Mas o governo Bolsonaro não chegou a fazer a consulta oficial. O caminho escolhido foi o de aprovar uma PEC e incluir outras medidas adicionais que foram muito além do benefício social.

Esse entendimento não mudou. A proposta em análise de começar a pagar o Auxílio Brasil de R$ 600 com a dotação orçamentária já prevista para R$ 405 também não deve sofrer resistências. Desde que fique definido o prazo de tempo para a complementação orçamentária dos recursos até o final do ano. O que é preciso é uma definição rápida de qual caminho tomar, como cobrou o relator do Orçamento, Marcelo Castro, em entrevista ao Estadão.

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