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Tecnisa prevê lançar três novos empreendimentos no Jardim das Perdizes em 2024

Bairro na zona oeste da capital paulista é um dos maiores empreendimentos imobiliários da cidade; empresa estava impedida de lançar prédios no local por falta de certificados de construção

Foto do author Circe Bonatelli

A Tecnisa vai retomar em 2024 os lançamentos no Jardim das Perdizes, bairro que a companhia está erguendo na zona oeste da capital paulista. Lançado há uma década, este é um dos maiores empreendimentos imobiliários da cidade, mas andou a passos lentos nos últimos anos devido a dificuldades da companhia.

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O principal gargalo foi resolvido neste mês. A incorporadora saiu como a grande (e praticamente a única) vencedora no leilão de Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs) da Operação Urbana Água Branca, quando arrematou 206,1 mil títulos, 96% do total ofertado. O desembolso para isso foi de R$ 225,4 milhões.

A Tecnisa estava impedida de lançar novos prédios no Jardim das Perdizes justamente pela falta de Cepacs da Operação Urbana Água Branca. Já se passavam oito anos desde o leilão anterior na região. Os Cepacs são títulos que permitem às incorporadoras erguerem prédios acima dos limites básicos de cada bairro. Ou seja: eles viabilizam que um terreno receba edifícios mais altos, com mais apartamentos. Já os recursos arrecadados pelos cofres públicos vão para obras de infraestrutura, urbanismo e mobilidade na área.

Plano da Tecnisa é lançar em 2024 três empreendimentos residenciais de médio-alto e alto padrão no Jardim das Perdizes Foto: Divulgação/Tecnisa

“Compramos 100% de todos os Cepacs necessários para o desenvolvimento total deste bairro, o que deverá ocorrer nos próximos três a quatro anos”, disse o presidente da Tecnisa, Fernando Tadeu Perez, em entrevista ao Estadão/Broadcast. Ao todo, estão previstas 16 torres a serem lançadas no Jardim das Perdizes “o mais rápido possível”, conforme suas palavras. Alguns projetos já foram aprovados pela prefeitura, enquanto outros estão em fase de licenciamento. Ao todo, os terrenos do Jardim das Perdizes tem potencial para movimentar um total de R$ 5,1 bilhões em vendas no longo prazo.

Para 2024, o plano da Tecnisa é lançar três empreendimentos residenciais de médio-alto e alto padrão no local: o Recanto Oliveiras, com duas torres e 424 apartamentos; o Bosque Cerejeiras, com torre única e 100 unidades; e um terceiro projeto, que ainda não tem nome definido, com torre única e 216 unidades. A previsão não configura meta oficial (guidance), ponderou Perez.

O Jardim das Perdizes fica em um terreno de 250 mil m² ao lado das avenidas Marquês de São Vicente e Nicolas Boer, na Barra Funda. Quando pronto, deve totalizar cerca de 30 torres e abrigar entre 10 mil e 12 mil moradores. Os primeiros edifícios foram lançados ali em 2013. A Hines é sócia da Tecnisa no empreendimento.

O presidente da Tecnisa considerou o valor do Cepac muito alto no último leilão. As unidades saíram a R$ 1.093,42, o que pode ter contribuído para inibir o apetite de outros investidores. “Para nós, que compramos esses terrenos há muito tempo, a conta fechou. Mas, por este valor ser tão alto, ficou um pouco inviável para as outras incorporadoras”, avaliou.

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