ESPECIAL PARA O ESTADÃO - Presente nas três categorias do Top Imobiliário, a MRV viveu um momento marcante em 2023, segundo seu vice-presidente, Thiago Ely. Além de entregar as últimas unidades do Gran Reserva Paulista, até então seu maior empreendimento, também lançou o mega projeto Cidade Sete Sóis, em Pirituba, na zona norte de São Paulo. Serão erguidas 11 mil unidades em área de 1,7 milhão de metros quadrados.
Em 2023, a MRV completou 45 anos de atuação e chegou à marca de 500 mil unidades entregues, que beneficiam 1,6 milhão de pessoas. E terminou o ano com vendas líquidas de R$ 8,5 bilhões, um crescimento de 45% em relação a 2022.
“O ano passado foi muito especial para nós”, diz Ely, referindo-se também ao Sete Sóis, o primeiro da empresa a ser construído com base em conceitos de cidade inteligente.
Em São Paulo, lançou 5.925 unidades, o que corresponde a 30% do total de 19.946 apartamentos lançados em todo o País. Em termos de valor geral de vendas, o mercado paulistano, com R$ 1,6 bilhão, representou 28% do total de R$ 5,68 bilhões, de acordo com informações da companhia.
A performance a levou ao quinto lugar na categoria Incorporadoras e ao quarto em Construtoras. Em Vendedoras, ficou na sexta posição.
O Cidade Sete Sóis terá seis fases ao longo de 10 anos e vai requerer, de acordo com a empresa, aproximadamente R$ 2 bilhões de investimento total.
Nesse valor estão incluídos R$ 300 milhões em obras de criação de infraestrutura e urbanização. Entre elas estão medidas como a abertura de 15 quilômetros de ruas e 8 km de ciclovias, construção e ampliação de redes de abastecimento de água e coleta de esgoto.
Também está prevista a revitalização do Córrego Cantagalo. Ele corta o terreno, que tem praticamente metade de sua área coberta por mata nativa, que será preservada, conforme determina a legislação.
Com VGV total estimado em cerca de R$ 3 bilhões, a primeira etapa prevê 11 lançamentos até 2025, todos enquadrados no programa Minha Casa Minha Vida.
Planejamento
Como parte da premissa de smart city, o empreendimento adota o conceito de cidade 15 minutos, de acordo com Ely. Por isso, terá áreas comerciais e de serviços públicos que ficarão no máximo a 15 minutos da caminhada a partir do imóvel do morador. “Estamos em negociação com a prefeitura, porque a ideia é instalar, por exemplo, UBS (Unidade Básica de Saúde) no local”, diz.
Estão previstos ainda mais de 9 mil m² de lojas comerciais e mais de 20 mil m² divididos em sete lotes comerciais para futuros estabelecimentos de maior porte, como supermercados e postos de gasolina, por exemplo. O projeto também terá espaços e equipamentos de lazer e convivência, como mais de 20 praças com quadras poliesportivas, pistas de skate, playgrounds, área fitness e “pet place”.
O executivo da MRV também destaca a permeabilidade visual em muros e gradis, fachadas ativas, guaritas distribuídas estrategicamente e iluminação em todas as vias. “Vamos criar vias abertas e uma iluminação que permita dar mais segurança aos moradores”, afirma.
O Cidade Sete Sóis será entregue em formato de bairro aberto, permitindo que não só os moradores, mas também residentes no entorno circulem pelas novas ruas, praças, áreas verdes, espaços de lazer e equipamentos públicos. Outras características do empreendimento serão a adoção de água de reúso, criação de jardins de chuva, iluminação em LED nas vias e infraestrutura para instalação de wi-fi nas áreas comuns dos condomínios.
Em junho do ano passado, a MRV concluiu o Grand Reserva Paulista, outro bairro planejado, também localizado em Pirituba, em uma área de 180 mil m², que abriga 7 mil unidades. É cercado por centros comerciais, possui praças com wi-fi gratuito, creche, uma base da Polícia Militar e resultou de um investimento em torno de R$ 1 bilhão.
“São Paulo é sempre um mercado super relevante para a MRV e dedicamos bastante da nossa atenção a ele”, afirma o executivo da empresa.
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