Publicidade

Imóveis de luxo têm escalada de preços

Metro quadrado subiu de R$ 33 mil em 2019 para R$ 60 mil em 2022 e bateu a marca de R$ 75 mil no ano passado

PUBLICIDADE

Atualização:

ESPECIAL PARA O ESTADÃO - Na cidade de São Paulo, a escalada de preços para os imóveis de luxo e altíssimo padrão chegou a R$ 75 mil por metro quadrado com o 280 Art Boulevard, lançado em outubro no Jardim Europa, zona sul. Segundo os levantamentos feitos anualmente pela Empresa Brasileira de Estudos de Planejamento (Embraesp), o m² mais caro em 2022 foi R$ 60 mil para o residencial Bueno Brandão 257, na Vila Nova Conceição. Em 2019, foi R$ 33 mil, no lançamento do Fasano Itaim pela Even. Um salto de 127% em quatro anos.

Mais que dobrou, diz Cyro Naufel, diretor institucional da Lopes, apontando três motivos para tal majoração. “Recuperação nas margens do incorporador, a alta dos custos de construção e o aumento significativo no valor dos terrenos.” Segundo ele, os “preços dos imóveis ficaram muito abaixo da inflação” no período de 2014 a 2018.

Bosque das Cerejeiras, da Tecnisa com vendas a cargo da Lopes, retoma os lançamentos no Jardim das Perdizes, bairro planejado na zona oeste de São Paulo.  Foto: Tecnisa/Divulgação

PUBLICIDADE

O preço do imóvel de alto e altíssimo padrão é a partir de R$ 5 milhões. Esta foi a linha de corte definida por Naufel na criação de uma plataforma exclusiva para os imóveis de luxo. Ele percebeu que, no mercado de São Paulo, havia lacuna no atendimento, e no trato ideal, ao cliente desse segmento. Selecionou 80 corretores e definiu o valor mínimo. “Tenho um universo de 7 mil imóveis com esse valor de venda”, afirma.

Para essa divisão, batizada de Luxury Properties Selection, foi criado o carimbo LPS – que é o nome oficial (LPS Brasil) da imobiliária na Bolsa. “Esses imóveis recebem o selo LPS e sobem para uma plataforma exclusiva.”

Publicidade

Ali, se destacam, por exemplo, o Bueno Brandão 257, lançado em 2022, e o residencial J329, no Itaim, que chegou ao mercado no ano passado, além do Bosque das Cerejeiras, do Jardim das Perdizes, bairro planejado, projetado para ter mais de 20 torres e lançado em 2013 pela Tecnisa, que retomou os lançamentos agora em 2024. “Produtos imobiliários dessa magnitude trazem benefícios de infraestrutura viária, áreas verdes e parques, ajudando a revitalizar e modernizar o entorno”, diz Naufel.

Para esses produtos, a Lopes inaugurou um estande no Shopping Iguatemi com o timbre LPS. A ideia é fazer eventos em parceria com marcas e lojas de luxo “para o cliente interagir dentro do ambiente que está acostumado a conviver”, explica o executivo.

No primeiro trimestre, a Lopes participou de 35 lançamentos – incluindo o Bosque das Cerejeiras, com unidades de 222 m² a 293 m² e duplex de 569 m² –, totalizando 4,8 mil unidades e um valor geral de vendas (VGV) de R$ 3,3 bilhões, sendo metade concentrada em São Paulo.

Na linha de segmentação, a imobiliária também abriu outra sede. “É a Lopes LN, que vai abranger a zona leste e também a norte”, explica o diretor, destacando os números registrados. “No ano passado, a zona leste foi responsável por 17% do que lançamos e 33% de tudo o que vendemos.” O objetivo é ter maior foco na região.

Publicidade

'No ano passado, a zona leste foi responsável por 17% do que lançamos e 33% de tudo o que vendemos', diz Cyro Naufel, diretor Institucional da Lopes. Foto: Lopes/Divulgação

Em 2023 – ano base para esta premiação do Top Imobiliário –, a Lopes fez 48 lançamentos, com 7.240 apartamentos e VGV lançado de R$ 6,8 bilhões, segundo dados da Embraesp. O resultado, que lhe garantiu o primeiro lugar no ranking das Vendedoras, expôs uma queda de 3% em valor e de 14% em unidades.

No Brasil, em 2023, a Lopes intermediou R$ 11 bilhões em VGV (aumento de 12%) e participou do lançamento de 170 projetos, com valor estimado em R$ 24 bilhões, queda de 5% em relação ao ano anterior.

“O tíquete que a Lopes lançou em 2023 foi 19% maior que em 2022″, afirma Naufel, dando o valor de, em média, R$ 1,02 milhão. Nas vendas, o tíquete médio foi de R$ 690 mil, uma alta de 19%. “Isso mostra que, na média, vendi um imóvel mais caro, e também reflete o aumento de preços.”

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.