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Inteligência artificial é um contraponto à escassez de mão de obra na construção civil

Kallas adota medidas que incluem o uso de drones para identificar fissuras e falhas estruturais em edificações

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Por Cláudio Marques
Atualização:

ESPECIAL PARA O ESTADÃO - A modernidade se tornou aliada da Kallas na sua jornada no mercado imobiliário. O grupo, que está na oitava posição na categoria Construtoras do Top Imobiliário, adota inteligência artificial (IA), inclusive em drones, e inova com a instalação de elevadores ainda durante a construção. São medidas para melhorar e otimizar ao máximo procedimentos e processos, potencializar resultados e fazer frente aos desafios do setor, incluindo a escassez de mão de obra.

Em 2023, a Kallas lançou 9 empreendimentos, que somam 2.507 unidades, 207,42 mil metros quadrados de área construída e um VGV estimado em R$ 1,24 bilhão.

O Kazzas Itaquera, lançado pela Kallas, fica próximo à estação do metrô e da Neoquímica Arena. Foto: Kallas/Divulgação

“Traz precisão e inovação ao setor, isso é muito bom”, diz o diretor executivo de Engenharia da empresa, David de Oliveira Fratel, referindo-se ao uso de IA. Integrar essa ferramenta ao BIM resulta em ganhos, segundo ele. O BIM é um modelo virtual de uma construção equivalente a uma edificação real, que ajuda no desenvolvimento de um projeto, além de seu desenvolvimento e gerenciamento. Permite prever possíveis problemas de redesenho de projeto e oferecer soluções otimizadas, já que as ferramentas de IA podem gerar múltiplas opções de desenho. “As ferramentas criam diversas opções de execução, de layout e até do próprio canteiro de obras”, afirma Fratel.

Dimensões

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“Ao colocar, por meio da IA, uma quarta dimensão no BIM, a de tempo, é possível otimizar o cronograma de construção, porque levamos em conta variáveis como disponibilidade de materiais, mão de obra, condições climáticas etc. Assim, tem-se mais precisão para nos ajudar a não haver estouro nos custos de obra, por exemplo”, conta.

Os drones também estão na caixa de ferramentas da Kallas. Com aplicações de IA, os equipamentos voam para inspecionar locais de construção. Também são capazes de identificar problemas como fissuras e falhas estruturais, que podem ser difíceis de detectar manualmente, segundo o executivo.

Atuando em todos os segmentos de mercado, do econômico ao alto padrão, a Kallas também se lançou em um experimento durante as obras de um de seus empreendimentos classificados como econômicos. Está instalando os elevadores simultaneamente à construção do prédio, em vez de terminar a obra e, então, colocar os elevadores – a maneira habitual de proceder.

“Montamos o elevador de baixo para cima, aproveitando que o equipamento não tem mais a necessidade de ter uma casa de máquinas lá em cima, no topo do prédio”, explica Fratel. E os cabos de aço foram substituídos por fitas de fibra de carbono, muito mais leves.

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Funciona assim: as guias que balizam o movimento dos elevadores são instaladas no “fosso” por onde o equipamento vai trafegar, por exemplo, a cada cinco andares já erguidos. Em seguida, o próprio aparelho é colocado no local e pode ser posto em operação, já que ele já está conectado com toda a fiação para fazê-lo funcionar. Tanto a fiação quanto as fibras têm a medida necessária para alcançarem o último andar do edifício.

Diretor executivo de Engenharia da empresa, David de Oliveira Fratel diz ser preciso otimizar disponibilidade de mão de obra.  Foto: Kallas/Divulgação

Dessa maneira, o dispositivo passa a ser usado durante a construção, no transporte de material e de pessoas. Com todo esse processo, a empresa conseguiu uma folga de quase dois meses de obra e reduziu o custo de construção, de acordo com o executivo.

“Se não otimizarmos ao máximo a disponibilidade de mão de obra que temos, que não é farta, vamos acabar atrasando obras”, diz Fratel, acrescentando que essa carência de força de trabalho afeta todo o mercado. E isso pode se refletir nos custos.

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