‘Trem-bala’: Ministro reforça que trem de alta velocidade entre RJ e SP é projeto privado

ANTT deu autorização a um plano privado de ferrovia, requerido pela empresa TAV Brasil

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Foto do author Amanda Pupo

BRASÍLIA – O ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), colocou nos eixos a expectativa em torno do projeto de trem de alta velocidade que ligaria as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, conhecido como “trem-bala”. O assunto voltou à tona nesta semana após a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autorizar o empreendimento.

O ministro dos Transportes, Renan Filho, destacou que ferrovia para trem de alta velocidade, autorizada pela ANTT, não se trata de um projeto do governo federal  Foto: Wilton Junior/Estadão

O ministro destacou, contudo, não se tratar de um projeto do governo federal – como foi o trem-bala idealizado pela gestão de Dilma Rousseff (PT) em 2012, nunca implantado. “A autorização para esse projeto exige o cumprimento de uma série de tarefas para o investimento ir adiante. Então não é (o caso de) criar muita expectativa nesse momento”, disse o ministro.

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O que a ANTT fez nesta quarta-feira, 23, foi dar autorização a um plano privado de ferrovia, requerido por uma empresa chamada TAV Brasil. Se, de fato, a TAV for levar o empreendimento à frente, não haverá investimento público, já que a outorga foi concedida por meio do regime privado de ‘autorização’. Nesse modelo, que vigora desde o marco legal das ferrovias, os riscos são assumidos inteiramente pelos particulares.

Em entrevista à CNN, questionado se o trem-bala estaria de volta, Renan Filho esclareceu que a empresa autorizada precisa cumprir um cronograma e que o Ministério vai acompanhar para verificar se ela tem condição de levar adiante um projeto “tão arrojado”.

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Ele lembrou ainda que, quando uma empresa recebe autorização para construir uma ferrovia privada, não significa que somente ela terá esse aval. “O marco legal impõe as autorizações. A autorização a uma empresa não significa que somente ela será autorizada. Muito menos ainda que esse projeto vai andar na velocidade que as pessoas imaginam”, afirmou o ministro.

“A partir de agora a empresa tem que cumprir o cronograma. Se ela for mesmo realizar esse investimento, será muito bom para o Brasil”, disse Renan Filho.

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