Tripulantes da TAP entram em greve e quase 400 voos são cancelados

Companhia aérea portuguesa propôs novo voo ou reembolso aos clientes e se abriu para negociar com funcionários

PUBLICIDADE

Publicidade
Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

AFP - Os tripulantes da companhia aérea TAP Air Portugal iniciaram nesta quinta-feira, 8, uma greve de dois dias para protestar contra os cortes de salário, de acordo com informações da administração da empresa e de um sindicato. A direção da companhia havia antecipado o movimento, cancelando 360 voos, o que representa metade dos programados para os dois dias.

De acordo com a agência de notícias AFP, até as 11h30 (no horário de Portugal), dos 148 voos programados para esta quinta-feira, a TAP já havia operado 78, segundo comunicado da companhia aérea portuguesa.

Paralisação deve durar dois dias. Foto: Wikimedia Foto: Estadão

PUBLICIDADE

Quanto aos voos cancelados antecipadamente, a TAP propôs aos clientes um novo voo ou reembolso. O anúncio de cancelamentos buscou evitar incertezas para “multidões de passageiros” no aeroporto, explicou a diretora-geral da empresa, Christine Ourmières Widener.

Esta greve surge diante do fracasso das negociações de um novo acordo entre a TAP e os tripulantes, cujo sindicato rejeita reduções salariais e ampliação do horário de trabalho.

“A TAP lamenta profundamente a situação”, diz a transportadora portuguesa no seu comunicado em que se declara disponível para “negociar” com os sindicatos e evitar novas greves.

“Estamos totalmente disponíveis”, sublinhou Ricardo Penarroias, presidente do Sindicato Nacional do Pessoal da Aviação Civil (SNPVAC), que fala em “total adesão” ao movimento grevista na quinta-feira.

O grupo aéreo português, cujas dificuldades aumentaram com a pandemia de covid-19, foi renacionalizado em sua totalidade em 2020, em troca da aplicação de um plano de reestruturação.

Publicidade

Desde então, o governo português anunciou a intenção de reprivatização da companhia aérea, despertando o interesse dos grupos Air France-KLM, Lufthansa e IAG (empresa-mãe da British Airways e da Iberia).

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.