O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a afirmar que os comentários do secretário de Tesouro americano, Steven Mnuchin, de que um dólar mais fraco "é bom para o comércio", foram retirados de contexto. Em entrevista à CNBC durante o Fórum Econômico Mundial de Davos, o republicano disse que a economia do país tornará o dólar "cada vez mais forte".
O presidente americano tentou apaziguar as reações de autoridades e dos mercados sobre os comentários de Mnuchin e afirmou que "no fim das contas', quer um dólar forte. "No momento, ele está flutuando", comentou. "O dólar é a melhor moeda de reserva. Nada se compara ao dólar e nunca se comparará", declarou o presidente americano.
Trump ainda disse na entrevista, divulgada antes de seu aguardado discurso em Davos, que não gosta de falar sobre o movimento do dólar "porque, honestamente, ninguém devia falar sobre isso". "O movimento do dólar tem que ser o que ele é, e também baseado na força do país", comentou.
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Comércio. Donald Trump também voltou a defender que seu governo busca um comércio internacional "recíproco" e "justo" e que prefere acordo bilaterais a acordos de livre-comércio, pois "os bilaterais, se você tem um problema, pode terminar facilmente".
Ele falou novamente que estaria aberto a negociar a entrada do país no Acordo Transpacífico, caso ele fosse alterado. No entanto, se mostrou menos favorável a renegociar o Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta) e também o acordo nuclear do Irã. "Estaria aberto para o TPP, mas o Nafta e o acordo nuclear são ruins", disse. Ao mesmo tempo, disse que não sabe ainda o que irá acontecer com o acordo do país entre o México e Canadá. "Vamos ver o que vai acontecer", comentou.
O republicano falou sobre as conquistas de seu governo com a política de fazer negociações que considera "justa", nas quais os outros países "não nos destruam". Ele estimou que, "provavelmente", ao trazer empresas para os EUA, seu governo tenha recebido um fluxo de US$ 4 trilhões.
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Ele ainda disse que tentará fechar o acordo sobre o DACA, programa do governo Obama que protegia jovens imigrantes de deportação - o que melhoraria seu poder de negociação com os democratas no Congresso. "Vamos tentar fechar acordo sobre o DACA, mas precisamos do muro na fronteira", declarou.
Além disso, ele disse que, caso Hillary Clinton tivesse vencido as eleições, as bolsas em Nova York "teriam caído 50%". Ele também declarou que acredita que os democratas não devem deixar uma nova paralisação no governo ocorrer.
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