Trump afirma que seguirá com tarifas sobre o Canadá mesmo após ‘ótima’ conversa com Carney

O presidente dos EUA vai passar por um ‘boom’ de expansão e transmitiu recado a empresas estrangeiras: ‘Se quiser evitar tarifas, venha fazer seus negócios aqui nos EUA’

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Foto do author Pedro Lima
Atualização:

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reforçou que “certamente” seguirá com a implementação das tarifas sobre o Canadá, mesmo após ter uma “ótima conversa” com o primeiro-ministro canadense, Mark Carney, na manhã desta sexta-feira, 28. “Acho que vamos conseguir manter uma boa relação com o Canadá”, declarou o republicano em evento na Casa Branca.

“Não me refiro apenas ao Canadá, mas muitos países têm se aproveitado dos EUA em relações comerciais nos últimos anos. Muitos países, inclusive, já se desculparam comigo por tirar vantagem dos EUA e até concordam com as tarifas”, afirmou Trump, sem mencionar quais são esses países. Na sequência, o presidente americano mencionou que a Índia pratica uma das maiores tarifas do mundo. “É brutal.”

'Nós queremos uma redução de impostos sobre carros fabricados aqui no país', afirmou Donald Trump, nesta sexta-feira, 28 Foto: Saul Loeb/AFP

Questionado sobre um possível aumento dos preços de carros nos EUA por conta da imposição de tarifas sobre a importação de peças automotivas, Trump negou. “Nós queremos uma redução de impostos sobre carros fabricados aqui no país”, acrescentou, explicando que o aumento das tarifas pode viabilizar a diminuição dos encargos. “A economia desse país vai passar por um ‘boom’” de expansão, sinalizou. “Se quiser evitar tarifas, venha fazer seus negócios aqui nos EUA.”

Sobre a Groenlândia, o republicano afirmou que precisa conquistar o território. “É questão de segurança nacional e global. A Groenlândia é muito importante para a proteção do mundo inteiro”, explicou. Ele mencionou que existem navios de guerra da China “passando perto” da ilha que podem “representar um perigo” para a segurança global.

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Trump ainda elogiou a produção de drones do Irã, classificando-os como “muito eficazes”. No entanto, ele ressaltou que o país está em sua lista de “coisas para ficar atento” e afirmou que gostaria de trabalhar em conjunto com os iranianos.

Como ele mesmo considera a hipótese como “muito difícil”, “se não conseguirmos trabalhar com o Irã, coisas muito ruins vão acontecer”.