O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, promulgou, na sexta-feira, 27, o plano de resgate de US$ 2 trilhões para resgatar a economia paralisada pela pandemia do novo coronavírus. O número de casos de infectados no país supera os 104 mil, com 1.693 mortes.
A maior iniciativa federal de intervenção econômica da história americana recebeu o sinal verde horas antes na Câmara de Representantes, em um dia em que o país registrou um recorde de 345 óbitos e 18 mil novos casos confirmados em 24 horas.
"Fomos duramente atingidos pelo inimigo invisível", disse Trump, agradecendo aos democratas e republicanos "por se unirem e colocarem os Estados Unidos em primeiro lugar" e por promoverem uma recuperação na economia do país assim que acabar a luta contra o novo coronavírus.
A assinatura de Trump encerra a dramática saga de uma semana de negociações no Capitólio e permite que milhões de pessoas afetadas pela desaceleração repentina da atividade econômica recebam cheques de até US$ 3,4 mil por família americana.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) teme que os Estados Unidos, onde vivem quase 330 milhões de pessoas, sejam o próximo epicentro da pandemia, declarada em 11 de março após o primeiro caso ter sido registrado em dezembro na China.
Trump também invocou a Lei de Produção de Defesa, uma regra da Guerra da Coreia, para obrigar a gigante automobilística General Motors a honrar rapidamente seu compromisso de fabricar respiradores, máquinas escassas nos hospitais e cruciais para manter vivos os pacientes com coronavírus gravemente doentes.
Benefícios do pacote
A lei promulgada por Trump fornece US$ 100 bilhões para hospitais e centros de saúde que precisam de equipamento médico. Além disso, cria fundos de empréstimo de US$ 500 bilhões para grandes corporações, incluindo companhias aéreas, e fornece US$ 377 bilhões em subsídios para pequenas empresas.
Também amplia o seguro-desemprego, uma ajuda que amortecerá o golpe para os impressionantes 3,3 milhões de pessoas que entraram com pedidos do benefício na última semana.
O texto, adotado pelo voto unânime de todos os senadores (96-0) na noite de quarta-feira, inclui disposições para atender os setores mais afetados pela crise da saúde.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.