Projeto do túnel Santos-Guarujá chega ao TCU; governo federal prevê início das obras para 2025

Obras para conexão entre as duas cidades por baixo do mar devem custar mais de R$ 6 bilhões

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Foto do author Luiz Araújo
Atualização:

BRASÍLIA - O Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) entregou nesta segunda-feira, 30, o projeto do Túnel Santos-Guarujá para análise do Tribunal de Contas da União (TCU). O empreendimento, que deve custar mais de R$ 6 bilhões, será financiado em parceria com o governo do Estado de São Paulo.

A previsão do governo federal é de que as obras sejam iniciadas já em 2025. Antes disso, o TCU precisa dar aval ao projeto. A proposta prevê a concessão do túnel à iniciativa privada, de forma a garantir a manutenção ao longo de 30 anos. Após a análise no TCU, será lançado o edital de leilão, último passo antes do início da construção.

Projeto do túnel que ligará cidades no litoral de São Paulo Foto: Edson Lopes Jr/Divulgação

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“Essa obra é fundamental para ajudar na mobilidade urbana e na qualidade de vida da Baixada Santista e, principalmente, vai ajudar no escoamento da produção do Porto de Santos, no sentido de contribuir para a segregação do tráfego portuário do urbano”, afirmou, em nota, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.

O projeto prevê a construção de um túnel, instalado embaixo do mar, entre as cidades de Santos e Guarujá, ambas em São Paulo. O túnel deve ter cerca de 870 metros de extensão, com 21 metros de profundidade. Esse é o primeiro modelo de túnel embaixo do mar na América Latina.

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Em março de 2024, o Ministério de Portos e Aeroportos, em parceria com o governo de São Paulo, abriu consulta pública para o projeto do túnel imerso.

Em setembro, o ministério realizou uma sondagem de mercado para consultar investidores sobre a viabilidade de novas emissões ou propostas.

O trecho vai ligar os bairros do centro e Macuco, em Santos, ao distrito de Vicente de Carvalho, em Guarujá. Além da passagem de veículos, o túnel contará com uma área de circulação para ciclistas e pedestres instalada entre as seis vias de pista - três faixas por sentido, sendo uma delas adaptável ao Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).

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