O atual período de turbulências sobre o mercado de ações tirou o eixo dos especialistas. Eles não chegam a um consenso sobre o rumo das cotações e nem fazem prognósticos sobre o Índice da Bolsa de Valores (Ibovespa). Mas existe um fator principal que torna os palpites difíceis: a volatilidade provocada pela crise argentina. O momento delicado do país e a questão de energia do Brasil desconfiguraram o cenário otimista traçado para a Bolsa no início do ano. Em janeiro, o Ibovespa estava confortável em 15,4 mil pontos, e as estimativas do mercado apontavam para uma alta de 30% no ano, 20 mil pontos no fim de 2001. No entanto, esta previsão está praticamente descartada. O Ibovespa, que chegou a atingir 17,8 mil pontos em janeiro, caiu nesta semana ao nível mais baixo do ano, 13,5 mil pontos. As previsões para o PIB, que indicavam alta de 4,5%, foram rebaixadas para 3%. Isso piora a expectativa de crescimento dos resultados das empresas.
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