O presidente do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP) e sócio da construtora Plano & Plano, Rodrigo Luna, estima que 2024 pode ser o maior ano de produção de habitação popular do Brasil. Mas, para atingir esse potencial, ele vê a mão de obra qualificada como motivo de preocupação.
“O custo da mão de obra é um desafio gigante para o setor da construção”, disse. “Outros setores, como Uber, estão tirando muitas pessoas que poderiam estar empregadas na construção.”
As declarações ocorreram durante a abertura do Fórum Incorpora, organizado pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), em São Paulo.
Até o momento, já foram contratadas em torno de 450 mil unidades dentro do Minha Casa, Minha Vida (MCMV), programa do governo federal, e a perspectiva é de atingir a marca de 550 mil unidades até o fim do ano, conforme Luna. “É um marco histórico”, afirmou.
Segundo Luna, esses números são possíveis pela combinação de uma série de medidas, entre as quais a elevação do orçamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para a faixa de R$ 120 bilhões neste ano.
Outro ponto positivo é a criação de programas estaduais que concedem subsídios adicionais — entre R$ 10 mil e R$ 25 mil — para a compra de imóveis por pessoas de baixa renda. Isso tem ajudado o acesso de pessoas que ganham menos de R$ 2 mil por mês.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.