UFC aproveita lutas no Rio para alavancar plataforma de streaming no Brasil

Disponível no País desde 1º de janeiro, UFC Fight Pass promete transmissões ao vivo, documentários e arquivo de todas as lutas de MMA desde 1993

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RIO – A UFC, multinacional americana que promove lutas de artes marciais mistas (MMA, na sigla em inglês), aproveitará o retorno ao Brasil, nas disputas marcadas para a noite deste sábado, 21, no Rio, para marcar o lançamento no País de sua plataforma de streaming.

Lançada em 2013 nos Estados Unidos, a UFC Fight Pass nunca foi oferecida para os fãs brasileiros porque a empresa tinha contrato de exclusividade com a TV Globo para a transmissão das competições. Agora, a UFC Fight Pass, disponível no País desde 1º de janeiro, será o principal canal para assistir às lutas – embora os direitos de transmissão ao vivo de um ou outro evento possam ser negociados isoladamente, disse o vice-presidente sênior da UFC, Lawrence Epstein.

Projeção na estátua do Cristo Redentor serviu para promover o UFC 283, marcado para sábado, no Rio; evento servirá também para reforçar o lançamento de plataforma de streaming Foto: Pedro Kirilos/Estadão

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“Claramente, o UFC 283, neste sábado, será um importante evento de marketing para que falemos sobre o que o UFC Fight Pass do Brasil tem a oferecer. Claro, haverá muita mídia em torno, o que servirá de plataforma para falar sobre isso”, afirmou Epstein, que está no Rio para o evento de sábado.

Segundo o executivo, os grandes eventos são sempre uma oportunidade de divulgar a plataforma de streaming. Uma próxima oportunidade será o UFC 285, marcado para março, em Las Vegas, que inclui na programação uma luta entre o americano Jon Jones e o francês Ciryl Gane.

“Jon Jones é uma grande estrela aqui no Brasil”, afirmou Epstein.

Jon Jones: grande estrela no Brasil, segundo Esptein Foto: Tommy Gilligan / USA Today Sports

As adesões à plataforma vêm crescendo, disse o executivo da UFC, evitando citar números e projeções de crescimento. Globalmente, a UFC Fight Pass está disponível em 225 “países a territórios”, informou a multinacional.

Do ponto de vista da tecnologia, a plataforma tem funcionado tranquilamente, disse Epstein. Ele elogiou a qualidade da infraestrutura e os profissionais da área da Endeavor – a gigante de esportes, moda e entretenimento, que adquiriu a UFC por US$ 4 bilhões em 2016.

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O executivo ainda destacou que a versão brasileira da UFC Fight Pass foi totalmente desenvolvida para o público local, com conteúdo em português. As assinaturas custam R$ 29,90 ao mês ou R$ 298,80 ao ano, segundo o site do serviço na internet.

A UFC Fight Pass promete a transmissão ao vivo de todos os eventos e “milhares de horas de conteúdo original e exclusivo, documentários, bastidores, lutas históricas”, incluindo aí a seminal disputa de novembro de 1993, em Denver, no Colorado, que sagrou o brasileiro Royce Gracie como primeiro campeão da nova modalidade.

Mercado brasileiro

Até por causa do envolvimento da família Gracie, pioneira na disseminação do jiu-jitsu no Brasil e nos Estados Unidos, na criação da UFC, o mercado brasileiro é considerado um dos mais importantes para a empresa.

“O mercado brasileiro é o mais importante fora dos Estados Unidos. A fundação da marca da UFC vem do Brasil”, disse Epstein, lembrando que o corpo de lutadores competindo na UFC sempre foi grande.

Normalmente, a UFC promove em torno de 40 eventos por ano em todo o mundo. Segundo Epstein ainda não há previsão de novas competições no Brasil este ano, mas a ideia é voltar ao calendário normal, agora que a pandemia de covid-19 parece controlada.

“Não anunciamos ainda outros dias no Brasil para 2023. Há uma variedade de opções que estamos olhando no segundo semestre. Como todos os negócios, estamos voltando depois dessa disrupção causada pela covid. Certamente, queremos voltar ao que fazíamos, com múltiplos eventos no Brasil, e pelo País afora”, afirmou Epstein, acrescentando que espera que o UFC volte a São Paulo e outras cidades.

Royce Gracie: luta em 1993 estará no streaming do UFC Foto: Divuulgação

De acordo com o executivo, a demanda reprimida pela pandemia ajudou a impulsionar 2022 para ser o melhor ano que a UFC já teve, mas a retomada acabou se concentrando mais nos Estados Unidos. A expectativa é que o ritmo continue este ano.

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