Usiminas deve desligar alto-forno de Ipatinga e culpa importações de aço da China

Marcelo Chara, presidente da Usiminas, reivindica uma ‘defesa efetiva da produção industrial brasileira contra produtos subsidiados da China’

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Por Redação
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A Usiminas anunciou na segunda-feira, 11, que pretende desligar o Alto-Forno 1 da Usina de Ipatinga, em Minas Gerais, devido ao aumento das importações de aço da China. Segundo o presidente da Usiminas, Marcelo Chara, a concorrência desleal está “devastando a indústria do país e afetando toda a cadeia de produção industrial”. Chara também disse que a empresa vai de revisar o atual modelo de gestão, “com forte foco nas atividades operacionais”.

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Na semana passada, o grupo siderúrgico Aperam South America informou que decidiu adiar a terceira fase de seu plano de investimentos no Brasil previsto para 2024/2025, considerando o “momento de adversidade enfrentado pela indústria siderúrgica brasileira, com o excesso de aço importado no mercado e a queda nas vendas”. Durante a implementação do projeto, até 1,5 mil vagas temporárias seriam criadas, segundo a empresa.

O Alto-Forno 1 tem capacidade de produção de 600 mil toneladas por ano. A Usiminas está finalizando a reforma do Alto-Forno 3, após um investimento de R$ 2,7 bilhões. O equipamento está em operação comercial e logo deve atingir sua capacidade total de produção, de 3 milhões de toneladas de ferro gusa por ano. Segundo ele, o equipamento poderá atender as próximas décadas com “grande potencial, alta eficiência e desempenho ambiental superior”.

Chara afirmou que o Brasil é competitivo e que tem capacidade de atender a demanda. “Precisamos de uma defesa efetiva da produção industrial brasileira contra produtos subsidiados da China.”

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Alto-Forno 1 da Usina de Ipatinga, em Minas Gerais, deve ser desligado, segundo a Usiminas Foto: Divulgação/Usiminas
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