Os funcionários da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) começaram uma greve nesta terça-feira, 1º, em 14 estados e no Distrito Federal. O primeiro balanço da categoria sobre a paralisação é de que houve uma adesão de cerca de 80%. A paralisação conta com a adesão principalmente dos carteiros. A categoria, que já havia realizado outra paralisação no ano passado, reivindica o prometido pagamento, por parte da ECT, do adicional de 30% de periculosidade para os carteiros, além do aumento no percentual da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), e a implementação de um plano de cargos, carreiras e salários. Veja as outras greves da categoria e o prejuízo causado: Em 2007, oito dias - de 13 a 21 setembro Em assembléia do Sindicato dos Funcionários dos Correios em São Paulo, realizada na Praça da Sé, região central da capital, os trabalhadores mudaram de posição e decidiram aceitar a proposta de reajuste salarial de 3,74%, abono salarial de R$ 500, além de aumento linear de R$ 60 a toda a categoria a partir de janeiro. Também foi estabelecido que os grevistas não precisarão repor as horas paradas, desde que o fluxo de correspondências seja normalizado. Até terça-feira, 18, os Correios confirmaram que ainda havia 6,5 milhões de objetos postais acumulados para entrega só em São Paulo. O Sedex 10 e Sedex Hoje, entregues até as 10 horas e no mesmo dia, foram suspensos. Já o Sedex tradicional funcionou normalmente. Em caráter de emergência, a empresa chegou a contratar 800 funcionários temporários no Estado. Em 2005, nove dias - de 15 a 22 de setembro Estimativa revela que estatal teve prejuízo de algo em torno de R$ 160 milhões - R$ 20 milhões por dia, oito dias úteis. Pelo acordo, os funcionários chegaram a 8,5% de reajuste salarial retroativo a 1º de agosto de 2005, mais 3,61% em fevereiro e abono de R$ 800. Muito aquém do que pediam: aumento real de 20%, reposição de 47% e mais correção pelo IPCA, de 6,57%, além de cesta básica e vale-alimentação maiores. A empresa oferecia reajuste pelo IPCA e abono de R$ 400. Em 2003, cinco dias - de 11 a 15 de setembro De acordo com a estatal, dos 12 mil carteiros, motoristas e operadores de carga que trabalham na região metropolitana de São Paulo, 4 mil entraram em greve. Em todo o País, 20 mil funcionários - de um total de 99 mil - ficaram parados. Eles reivindicam, entre outros, aumento de 69%. Em 1997, 19 dias - de 4 a 24 de setembro Depois de 19 dias de paralisação, a categoria acaba com o movimento sem ter conseguido nenhuma de suas reivindicações. São demitidos 56 funcionários. Em 1995, três dias - de 19 a 22 de julho Ao todo, 3 milhões de correspondências atrasam Em 1994, duas greves: uma em abril e outra em dezembro A primeira de 15 a 23 de abril não chega a acordo da empresa com os trabalhadores. Em dezembro, de 14 a 22, entram em acordo, mas o período do Natal prejudica as correspondências e os atrasos nas entregas ficam acumulados até o fim do ano. Em 1988, 28 dias - de 13 de julho a 11 de agosto Há atraso de 15,5 milhões de correspondências. Os trabalhadores conseguem reajuste salarial de 35%, mas 1000 são demitidos.
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