O Procon-SP informou no domingo, 4, que é um direito do consumidor cancelar ou remarcar passagens aéreas e pacotes de viagens para o Chile, afetado por vários incêndios florestais em áreas turísticas.
“É direito do consumidor, se for de seu interesse, cancelar ou remarcar as passagens aéreas e pacotes de viagens com destino a um país, sem multa ou qualquer ônus”, informou o órgão por meio de nota.
O Procon-SP esclarece que é recomendável o passageiro verificar com a companhia aérea qual é o status do voo e, se optar pelo cancelamento ou remarcar, faça o pedido por escrito para “que, se necessário, o consumidor tenha documentos para comprovar a tentativa de compor um acordo”.

Os incêndios florestais no Chile devastaram a região turística de Valparaíso e já mataram mais de 100 pessoas. Mais de 40 mil pessoas foram afetadas pela destruição total ou parcial de casas.
“É a maior tragédia que tivemos desde o terremoto de 2010″, disse o presidente Gabriel Boric, referindo-se ao terremoto de magnitude 8,8, seguido de um tsunami, que ocorreu em 27 de fevereiro daquele ano e deixou mais de 500 mortos. O país decretou estado de emergência.
“Neste caso específico, a decretação de estado de emergência é um fator que reforça o direito de pedir cancelamento ou remarcação da viagem”, afirma o Procon-SP.
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Latam sugere checagem
Consultada no domingo pela reportagem, a Latam sugeriu que os passageiros confirmem o status do voo de forma periódica. A consulta por ser feita no site da empresa.
Alerta de emergência
O Chile disponibiliza um site para que os turistas possam consultar se o local de destino tem algum alerta de emergência. No site www.visorchilepreparado.cl, é possível digitar o endereço de destino e saber a situação de cada local, se há alguma emergência, as rotas para escape e pontos de encontro.
Em janeiro, números da Subsecretaria de Turismo e do Serviço Nacional de Turismo do Chile apontaram que a taxa de ocupação foi de 61,3% em 16 regiões pesquisadas do país.
Em 2023, o Chile recebeu cerca de 3,7 milhões de turistas. A maior parte deles (32,3%) veio da Argentina. O Brasil apareceu na segunda colocação, responsável por 13% dos turistas que visitam o país.