BRASÍLIA – O ministro dos Transportes, Renan Filho, disse nesta terça-feira, 7, que as vias do arco Norte e do Sudeste voltadas à exportação de grãos receberão ao longo do ano R$ 2,7 bilhões em investimentos. O número foi divulgado após reunião da pasta com outros ministérios que cuidam de setores relacionados ao escoamento da safra, como Agricultura e Portos e Aeroportos.
“Esses R$ 2,7 bilhões são só para rodovias diretamente ligadas à exportação do agronegócio”, disse Renan Filho à imprensa. A preocupação do governo é colocar as estradas e vias importantes para o escoamento em bom estado de conservação, diante da expectativa de safra recorde. De acordo com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, a tendência é de que, com o avanço na condição das rodovias, haja uma melhora no custo do frete – que, segundo ele, subiu 30% no Brasil de dezembro para cá.
A preparação do País para o escoamento da safra de grãos faz parte do plano de 100 dias do ministro Renan Filho, antecipado pelo Estadão. As obras emergenciais para garantir o escoamento, discutidas no encontro entre os ministros, ainda podem passar por aprimoramentos após eventuais sugestões da Agricultura e da pasta de Portos e Aeroportos, afirmou Renan Filho. Entre as rodovias que receberão recursos, o ministro dos Transportes citou a BR-158 e a BR-163. “Todas as produções agrícolas serão coberturas pelo plano emergencial de Transportes”, comentou Fávaro.
Renan Filho ainda destacou a capacidade aumentada de investimentos do ministério neste ano, que ganhou força após a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição. De acordo com o ministro, R$ 600 milhões já foram pagos pela pasta em contratos de manutenção, com expectativa de que em fevereiro sejam investidos entre R$ 800 milhões a R$ 1 bilhão.
Questionado sobre os investimentos nas áreas portuárias, Márcio França destacou que as companhias docas têm orçamentos próprios capazes de injetar recursos para melhoria da infraestrutura dos portos. “Vamos usar também desse orçamento para fazer as obras. Essa ideia de acumular dinheiro para deixar as companhias ricas para depois vender era ideia sem nexo”, disse o ministro.
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