BRASÍLIA – Em meio às discussões do governo sobre o pacote de corte de gastos para reequilibras as contas públicas, o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, afirmou nesta quinta-feira, 7, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantém o total compromisso com os mais pobres e jamais aceitaria cortar “um só benefício” de quem preenche os requisitos para ter acesso a programas sociais.
“O Lula continua o mesmo, pela sua história de vida, total compromisso com os mais pobres e jamais aceitaria cortar um só benefício do Bolsa Família ou BPC ou qualquer benefício que preenche requisitos legais de uma pessoa ou família pobre”, disse Dias em nota.
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Uma das medidas estudadas pela equipe econômica e levadas a Lula envolve justamente mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda, já que a despesa com o programa tem registrado uma elevação expressiva. Nesta quinta-feira, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, voltou a dizer que o BPC segue tendo uma dinâmica muito forte de crescimento.
O governo já anunciou um pente-fino no BPC, que deve gerar uma economia de R$ 6,4 bi em 2025. Economistas, no entanto, defendem a necessidade de mudanças nas regras de acesso ao programa e rever a vinculação dos benefícios à valorização do salário mínimo – mudanças estruturais que, pela fala de Wellington Dias, não serão incorporadas.
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Em nota, o ministro reforçou que o governo não cortará nenhum benefício a quem tem direito. “Pelo contrário: a ordem do presidente Lula é garantir direito a quem tem direito, quem está fora e na insegurança alimentar e tirar o Brasil do Mapa da Fome e estamos fazendo”, disse.
Dias destacou ainda que o MDS tem gerado economia de gastos por meio de um trabalho de combate às fraudes e irregularidades e com a implementação de um cadastro único “moderno e eficiente”.
Amanhã, Lula voltará a se reunir com os ministros, às 14 horas, para debater as medidas do pacote de ajuste fiscal. As discussões nesta quinta-feira começaram pela manhã. Foram interrompidas para o almoço e por uma entrevista que Lula deu à CNN dos Estados Unidos. Depois as conversas foram retomadas por volta das 16h40, mas terminaram sem uma conclusão.