Escolher a melhor instituição de ensino superior inclui a análise de uma série de informações, como a experiência do corpo docente e laboratórios. Mas nos últimos anos o mercado de trabalho tem apresentado novas demandas. As chamadas soft skills – competências humanas como a inteligência emocional, o perfil comunicativo, a capacidade de colaborar e compartilhar conhecimento – têm ganhado cada vez mais espaço nos departamentos de Recursos Humanos.
No final de 2023, a Robert Half, empresa de soluções em talentos, divulgou algumas das soft skills mais valorizadas pelas companhias. Entre elas estão a flexibilidade, a comunicação, o relacionamento interpessoal e a adaptabilidade/resiliência. Considerando esse cenário, a inclusão dessas competências no ambiente acadêmico se torna imprescindível.
Essa é a realidade do Senac SP, que incorporou as soft skills há quase duas décadas. Ricardo Felix, coordenador no Grupo Educação Superior no Futuro da instituição, conta que o ensino dessas habilidades faz parte da jornada do alunos desde 2005 e elas são tratadas como competências para a vida e para o trabalho, além de serem um dos pilares na graduação do Senac SP.
“Trata-se de um conjunto de competências voltadas ao desenvolvimento de atitudes tanto no jeito de fazer quanto no jeito de se relacionar. Inclui, por exemplo, a forma de aprender questões como requisitos legais de uma sociedade diversa, inclusiva, que precisa pensar o seu meio ambiente e em como cuidar das pessoas”, cita o coordenador.
Ainda segundo Felix, as competências são apresentadas aos estudantes de diferentes formas – como conteúdo das disciplinas e de forma orgânica, como no desenvolvimento de uma atividade acadêmica. “Essa é uma das marcas do Senac, não apenas uma exigência do mercado.”
Flexibilidade para estudar
Outra característica dos cursos de graduação da instituição é a flexibilidade disponibilizada para os alunos. Mesmo quem faz um curso presencial tem parte da formação no formato EAD – alternativa flexível que é anterior ao início da pandemia.
Com isso, de acordo com o coordenador, os estudantes têm uma série de ganhos. Por exemplo, se habituam a uma realidade muito semelhante à do mercado profissional, ou seja, o trabalho remoto, e conseguem adaptar os estudos à sua rotina.
Além disso, há “o jeito Senac de educar”. O Senac, explica o coordenador, trabalha com a ideia de que a metodologia e o trabalho educacional devem proporcionar o desenvolvimento do aluno de forma mais realista, conectada ao dia a dia do mercado de trabalho.
É assim, por exemplo, para quem opta pelas carreiras ligadas à gastronomia, ao turismo e à hospitalidade nos centros educacionais de Águas de São Pedro e Campos do Jordão, onde os cursos são ministrados em hotéis-escola do próprio Senac SP; ou na unidade Tiradentes, especializada nos cursos da área de saúde; e na unidade Scipião, voltada ao ensino de comunicação e artes, ambas na capital paulista.
“O desenvolvimento acontece na prática, por meio de projetos, desde o primeiro semestre. Isso dá um grande diferencial ao final do curso, porque a sua proximidade com a rotina das empresas é real, algo que não é comum em todas as instituições de ensino”, aponta o coordenador do Senac SP.
Com essa formação, ressalta Elias Roma Neto, também coordenador no Grupo Educação Superior no Futuro, “amplia e muito a possibilidade do aluno sair bem empregado ou partir para iniciativa própria”.
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