Atualmente as crianças já nascem numa sociedade com tecnologias móveis e imersas em ambientes com conectividade. Neste cenário, são varias as questões a serem pensadas e discutidas do ponto de vista educacional. Um deles diz respeito ao pensamento computacional: competência considerada fundamental na contemporaneidade.
O pensamento computacional envolve habilidades que podem ser desenvolvidas por meio de robótica e computação. Ainda que no futuro as crianças não optem por carreiras tecnológicas, esse contato permite a abstração de problemas bem como a elaboração e testes de soluções, além de possibilitar compreender o ambiente tecnológico presente na sociedade para que seja possível atuar de forma ativa e crítica na mesma.
Portanto, muitas escolas têm propiciado ambientes em que as crianças podem trabalhar o pensamento computacional, assim como discutir hipóteses e gerar soluções. Neste sentido, destaca-se, ainda, que o uso desta abordagem geralmente é feito no contexto de projeto multidisciplinares, o que também amplia a visão de mundo, torna aprendizagem mais significativa e permite que os estudantes possam discutir e buscar soluções conjuntas.
Pôde-se, portanto, ressaltar que ao trabalhar elementos da área de ciência e engenharia da computação os estudantes têm contato com ferramentas que permitem elaborar estratégias e ter feedback imediato. Cabe ainda lembrar que este cenário atual deriva das pesquisas pioneiras de Seymour Papert no MIT. Ele foi o criador da Linguagem LOGO, desenvolvida especialmente para trabalhar com crianças a partir do ponto de vista Piagetiano, ou seja, em que o ambiente apresenta elementos de estímulo para que se efetue o processo de aprendizagem humana.
Sem duvida ainda ocorrerão inúmeras mudanças nos próximos anos, nas próximas décadas, mas uma coisa é permanente: a constante mudança e necessidade de trabalhar e ampliar os espaços de sala de aula.
*ESPECIALISTA EM TECNOLOGIA DA UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE