Ato contra fechamento de escolas bloqueia Avenida Paulista

Às 17h30, protesto convocado pela Apeoesp encontrou outra passeata, também contra a reorganização das escolas, do MTST

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Alunos e professores da rede estadual de ensino fazem protesto na Avenida Paulista contra a reorganização das escolas do Estado Foto: Nilton Fukuda/Estadão

Atualizado às 18h43

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SÃO PAULO - Professores e alunos em manifestação contra a reorganização na rede estadual de São Paulo e o fechamento de 94 escolas fazem passeata na tarde desta quinta-feira, 29, pela Avenida Paulista. Cerca de 50 mil pessoas participam do ato, segundo a Apeoesp, sindicato dos professores que organizou a manifestação. A Polícia Militar não tinha estimativa de participação até as 18h40.

Às 17h30, o ato encontrou outra manifestação, também contra a reorganização das escolas, puxado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), na altura da Rua Augusta.

Com dois carros de som, faixas e cartazes, os manifestantes ocupavam às 18h a Rua Consolação no sentido centro. Eles ocupavam quase toda a extensão da avenida. Às 18h30, eles chegaram na Praça da República, sede da Secretaria de Estado da Educação.

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Mais de 20 alunos da Escola Estadual João Dias de Oliveira, do Tatuapé, vieram para o ato. "Minha sala já tem 49 alunos. Fecharam noturno aqui e eu estudo à tarde, porque não deixaram ficar de manhã", diz a estudante Ingrid de Oliveira, de 15 anos, aluna do 1° ano do ensino médio da unidade. "Juntar escolas vai lotar ainda mais as salas", completa a aluna Leticia Carolina Conceição, de 15 anos, da mesma escola.

A mudança de turno, da manhã para a tarde, é o medo da estudante Estefane Coelho, de 16 anos. "Nossa escola já não é boa, mas tem duas quadras. Era preciso reformar, não encher mais a sala", diz ela, aluna do 2° ano ensino médio da Escola Adolfo Casaes Monteiro, na zona sul. A unidade será desativada.

Para a presidente da Apeoesp, Maria Izabel Noronha, a Bebel, a divulgação da lista de escolas reforçou que o argumento do governo Geraldo Alckmin (PSDB) de que a reorganização vai melhorar a qualidade é "enganação". "A lista mostrou que o que falávamos era verdade. Vão fechar um monte de escolas de ciclo único.Nove delas são de ensino médio", disse ela.

"Tudo mostra que essa reforma é só para reduzir custos, não tem por que fechar essas escolas", completa o secretário geral do sindicato, Leandro de Oliveira.

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