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Como estudar fora em tempos de câmbio alto

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Foto do author Andrea Tissenbaum
 Foto: Jukan Tateisi, via Unsplash

Está difícil pensar em estudar no exterior? Não desanime! Reajuste seu projeto e se abra para conhecer outras possibilidades até agora não consideradas.

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Viabilizar os estudos no exterior em tempos de câmbio alto em todas as moedas, é desafiador. Porém, não é impossível. Se você tiver flexibilidade para reorganizar seus planos e para acomodar oportunidades por vezes até desconhecidas, estudar fora do Brasil se torna um projeto viável.

É uma questão de adaptar seu projeto à realidade que te cerca e não o colocar na gaveta porque a situação não permite que você faça diferente. Trata-se de aprender a ser mais criativo, mudar algumas rotas e reavaliar o que pretendia fazer e o que poderá de fato realizar.

Então, tome uma dose de otimismo e siga as dicas abaixo:

- Visite sites que oferecem informações sobre o custo de vida das cidades no mundo e faça a sua pesquisa. Os sites Expatisan e Numbeo oferecem dados interessantes e detalhados.

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- Reajuste seus planos: fuja das grandes cidades (que em geral tem um custo de vida muito alto) e opte por cidades menores.

- Pense em fazer um intercâmbio na América do Sul. Sim, Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica e México tem ótimas instituições de ensino superior com uma variedade imensa de cursos gratuitos ou a um custo super razoável. Vale a pena navegar nos sites das universidades e explorar o que de bom elas têm a oferecer.

- Reveja suas contas e ajuste seu orçamento mensal no exterior. É possível viajar sem gastar muito e aproveitar demais seu tempo fora. Sim, você vai ter que abrir mão de algumas coisas, aprender a viver espartanamente, mas lembre-se: na maioria dos países os estudantes vivem com um orçamento bem magrinho.

- Considere destinos em que o seu visto de estudante te permita trabalhar. Na Alemanha, Itália, Espanha, Holanda, Irlanda, Reino Unido, Suíça, Suécia, Dubai, Austrália e Nova Zelândia é possível trabalhar por determinadas horas semanais enquanto você estiver estudando. Nos Estados Unidos é possível trabalhar dentro do campus da universidade onde você está matriculado. E, se você tem dupla cidadania, esse leque se abre ainda mais.

Mas atenção: conhecer as regras de cada país e segui-las é fundamental. Trabalhar ilegalmente (sem permissão) ou ultrapassar o limite de horas estabelecido para estudantes internacionais pode levar à perda de seu visto e eventual retorno para casa.

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- Pense em países "fora da caixa". Na Noruega e Islândia, a maioria dos cursos universitários são gratuitos. Na Finlândia, eles são gratuitos, desde que você tenha domínio do sueco ou finlandês. Na Alemanha, a maioria das universidades públicas oferece mensalidades gratuitas para todos os alunos, incluindo os de fora da União Europeia. No entanto, é necessário ter domínio do alemão.

-  Se você fez candidaturas para universidades internacionais mas acabou de passar no vestibular no Brasil, considere fazer sua graduação aqui e aproveitar as parcerias da sua instituição de ensino para realizar um intercâmbio de seis meses ou um ano. Além dessa ser uma experiência sensacional, ela vai preparar você para mais adiante fazer uma especialização, mestrado, MBA ou doutorado no exterior.

- Corra atrás de uma bolsa de estudos, entendendo que para cada bolsa há uma série de requisitos que precisam ser cumpridos. Dá trabalho, é verdade, mas compensa demais.

Algumas universidades oferecem bolsas de estudo parciais e, às vezes integrais, para graduação. Estude as oportunidades nos sites para fazer sua candidatura.

Alguns países e órgãos governamentais oferecem bolsas integrais para mestrado. Regularmente, alunos de doutorado saem do Brasil com uma bolsa de estudos, da própria universidade ou do governo brasileiro. Não é fácil conseguir essas bolsas, mas vale a pena conhecer os requerimentos e ir se preparando para aumentar sua competitividade.

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Confira algumas oportunidades:

- Bolsa Chevening, Reino Unido

- Comissão Fulbright Brasil, Estados Unidos

- Bolsas CAPES, Brasil

- DAAD, Alemanha

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- Bolsa Eiffel, França

- Erasmus Mundus, Europa

- Programa de Bolsas Líderes Estudar, Fundação Estudar, Brasil

- Instituto Ling e Fundação Lemann, Brasil

- Lester B. Pearson International Scholarships e Emerging Leaders in the Americas - ELAP Program, bolsas para graduação no Canadá.

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Planeje sua viagem de estudos com pelo menos um ano de antecedência. Faça uma pesquisa minuciosa, crie tabelas e escolha, com calma, qual experiência de estudar fora melhor se encaixa com a sua realidade.

Andrea Tissenbaum, a Tissen, escreve sobre estudar fora e a experiência internacional. Também oferece assessoria em educação e carreiras internacionais

Entre em contato: contato@atissen.com.br

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