Capes, órgão do MEC, tem troca de presidente; veja quem sai e quem fica

Denise Pires de Carvalho, que estava à frente da Secretaria de Educação Superior, vai para agência de fomento à pesquisa

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Foto do author Paula Ferreira
Atualização:

A Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Superior (Capes), agência de fomento à pesquisa do Ministério da Educação (MEC) anunciou a troca de presidente nesta quarta-feira, 31. Denise Pires de Carvalho, que ocupava a Secretaria de Educação Superior da pasta, assume no lugar de Mercedes Bustamante, que estava no posto há um ano.

Denise Pires de Carvalho foi secretária de Educação Superior e reitora da UFRJ Foto: @JeducaEduca/Twitter

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O órgão federal não informou o motivo da substituição. Denise é professora do Instituto de Biofísica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde também foi reitora entre 2019 e 2023.

O ministro Camilo Santana convidou a secretária para assumir a na noite desta quarta, em seu gabinete. A medida surpreendeu alguns membros do alto escalão da pasta e também servidores da Capes. Segundo o Estadão apurou, havia a avaliação de que a pesquisadora tinha pouco entrosamento com o restante da equipe.

Além disso, denúncias anônimas de assédio que envolveram um dos seus subordinados ajudaram a desgastar a gestão de Mercedes. Em dezembro, após o caso vir à tona na imprensa, a Capes, em nota, negou qualquer irregularidade e disse que a “Corregedoria arquivou o caso por não constatar materialidade nas denúncias”.

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A escolha de Denise para o lugar de Mercedes é uma tentativa de alinhar o que é tocado na Capes às políticas educacionais do governo. O currículo de Denise e o fato de ser uma pessoa de dentro do ministério contribuíram para a escolha.

Na gestão de Mercedes, uma dos destaques foi o reajuste das bolsas de mestrado (R$ 2,1 mil), doutorado (R$ 3,1 mil) e pós-doutorado (R$ 5,2 mil), que ficaram dez anos com os valores congelados.

Nos últimos meses, a Capes vinha se dedicando à elaboração de um novo Plano Nacional de Pós-Graduação 2024-2028. Entre os principais desafios diagnosticados para o setor, estão a baixa atratividade da carreira acadêmica e a necessidade de incrementar a inovação dentro das universidades e institutos de pesquisa.

A bióloga Mercedes Bustamante é professora do Departamento de Ecologia da Universidade de Brasília (UnB) e já foi membro do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), o grupo de cientistas que assessora as Nações Unidas em discussões sobre o aquecimento global.

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