A cidade de São José do Rio Preto será sede do novo câmpus da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). A unidade faz parte da proposta de expansão da universidade aprovada na sexta-feira, 13.
Distante 445 quilômetros da capital, a cidade tem 501 mil habitantes e fica na região noroeste do Estado. A definição dos cursos a serem criados no câmpus de São José do Rio Preto ocorrerá em 2025, após discussão com o Conselho Universitário. As instalações do novo câmpus deverão ser em área pertencente ao Parque Tecnológico de São José do Rio Preto.
Junto à expansão, foram definidas as condições a serem garantidas para que ela aconteça, incluindo:
- retomada do projeto de implantação do câmpus Lagoa do Sino;
- ampliação do quadro de servidores técnico-administrativos da UFSCar, em busca de uma relação de técnicos com docentes próxima de 1;
- condições organizacionais, com destinação de cargos de direção e funções gratificadas, que garantam o funcionamento adequado da Instituição; e
- adequado financiamento de custeio de toda a universidade.
Negociações
A universidade afirmou que “uma série de decisões já foram encaminhadas” sobre possíveis locais para implantação do câmpus em Rio Preto. Após visita da comissão técnica da UFSCar ao município, a área pertencente ao Parque Tecnológico de São José do Rio Preto “ficou encaminhada como prioritária”, disse a gestão.
O conselho do Parque se reuniu nesta terça-feira, 17, aprovando a doação da área. Para oficializar a cessão, um projeto de lei deve ser votado na Câmara Municipal ainda nesta semana.
A respeito das condições em negociação com o Ministério da Educação (MEC), a universidade afirma que o modelo apresentado pela pasta para os novos campi incluídos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) prevê 185 docentes e 203 servidores técnico-administrativo para a meta de instalação de seis cursos de graduação, com recursos financeiros de R$ 60 milhões para obras e R$ 10 milhões em equipamentos.
Já a proposta apresentada pela UFSCar adiciona 65 vagas docentes e 120 técnicos.
Por que um novo câmpus?
Segundo a reitora da UFSCar, Ana Beatriz Oliveira, o novo câmpus faz sentido “pela proposta da UFSCar de ser uma universidade multicampi”. “Fiquei me perguntando o que seria da UFSCar se ela não tivesse tomado todas essas decisões (de expansão para Araras, Sorocaba e Lagoa do Sino). Acho que seríamos uma instituição muito diminuta […] e que não teria a grandeza que tem. Hoje, a nossa universidade é muito reconhecida pela competência que teve ao conduzir todos esses processos de expansão”, disse a dirigente.
Novo PAC
Das nove obras previstas para a UFSCar, um edifício já está em construção, três obras foram licitadas e as demais serão licitadas em 2025, dentro do planejamento pactuado com o MEC. A universidade receberá cerca de R$ 46,2 milhões para investir nos campi já existentes, aos quais se somam R$ 23,9 milhões para obras no Hospital Universitário.
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O Novo PAC diz respeito não apenas à infraestrutura, mas também à ampliação acadêmica, disse a reitora, citando três novos cursos de graduação nos campi de Lagoa do Sino e um em Sorocaba.
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