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CLIL: metodologia para ensino da Língua Inglesa

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Por Colégio Anália Franco
Uso da Metodologia CLIL para aprendizagem significativa da Língua Inglesa (Colégio Jd Anália Franco-SP)  

Não é de hoje que o ser humano sente a necessidade de aprender outros idiomas, seja qual for a finalidade: viagens, negócios ou diversão. Com essa necessidade e pensando nos processos de aprendizagem, diversas abordagens foram surgindo ao longo dos anos, sendo testadas, aprimoradas e, eventualmente, substituídas por outras. A língua é viva e está em constante mudança. As metodologias de ensino seguem a mesma tendência, sendo aprimoradas conforme o desenvolvimento dos interesses da sociedade.

 

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Até o  início do século XX, a metodologia utilizada na aprendizagem de uma língua estrangeira era baseada em tradução e gramática, que consistia, sobretudo, em ensinar uma segunda língua por meio do uso da língua materna com um grande foco na estrutura gramatical e memorização de listas de palavras.

 

Com o tempo, este método já não supria as necessidades dos falantes, pois falhava na comunicação oral e, por volta da década de 1950, o método audiolingual foi introduzido. Nele, foca-se na fala e compreensão auditiva através de repetições sem explicações gramaticais, como se o aprendizado fosse um treinamento. Já nos anos 1970 e 1980, chegou-se à conclusão de que a língua não deveria ser memorizada e, assim, surgiu a abordagem comunicativa, que evidenciava o aprendizado de língua estrangeira como uma competência a ser adquirida.

 

Com novos estudos que sugerem que aprender um idioma não se baseia em acumular informações e regras, mas em assimilar diferentes elementos (como gramática, pronúncia, vocabulário etc) em um contexto de troca social, sente-se, então, a necessidade de transformar o uso de um idioma estrangeiro em um meio para obter informações e estabelecer comunicação e não como um fim em si (o falante não aprende inglês para saber o significado de suas palavras, mas para obter informações em um determinado contexto e estabelecer comunicação com outros falantes, propiciando a socialização). Nesse sentido, a língua inglesa torna-se língua franca e, embora não seja o idioma com a maior quantidade de falantes no mundo, é a língua da comunicação entre falantes de outras línguas, do acesso à informação e da interação com o restante do mundo.

 

E é neste contexto que surge a metodologia CLIL (Content and Language Integrated Learning ou Ensino Integrado de Língua e Conteúdo) nos anos 1990, propondo o uso de um idioma como um meio para aprender sobre temas variados que integram componentes diversos da grade curricular. Ou seja, uma aula com a metodologia CLIL não foca em ensinar o idioma, mas é uma aula no idioma, fazendo com que o aluno aprenda sobre algum assunto relevante ao mesmo tempo em que absorve também a língua alvo.

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Se estabelecermos uma comparação entre as metodologias do passado e o CLIL, nota-se que se antes o ensino era fragmentado (sem conexões com a realidade do aluno) e sem um foco no desenvolvimento de habilidades, com esta abordagem ele se torna integrado, propondo interdisciplinaridade e foco no desenvolvimento de competências que serão utilizadas na vida.

 

O CLIL também se torna uma metodologia mais alinhada às necessidades do mundo atual, já que o aprendizado não ocorre somente em sala de aula com o acesso à informação cada vez mais atrelado ao uso de tecnologias. Nele, as vivências são oportunizadas para que os estudantes experienciem momentos de aplicação da língua em realidades concretas, dentro ou fora do espaço da "sala de aula".

Cooking Class: aprendendo cores, texturas e sabores em língua estrangeira (Colégio Jd Anália Franco - SP)  

 

Nesse sentido, uma aula com a metodologia CLIL não é uma aula de idiomas, mas um encontro formativo sobre algum tema de relevância cultural que instiga conhecimentos ampliados e busca desenvolver as habilidades de vida (life skills), usando o idioma estrangeiro como ferramenta na busca de algo mais poderoso para a vida de cada um.

 

Como vantagens do CLIL, pode-se citar o melhor preparo para a vida acadêmica, pessoal e profissional do estudante, despertando seu interesse por diversos assuntos para além do óbvio. O uso do idioma estrangeiro passa a ser uma aprendizagem "natural" quando é aplicado em um contexto, desenvolvendo habilidades cognitivas conforme a pessoa evolui em sua prática. No fim das contas, o aluno nem percebe que está aprendendo uma segunda língua com o foco em temas tão variados.

 

Um exemplo é o que ocorre no Colégio Jardim Anália Franco, o Anália. Desde 2015, a instituição adota a metodologia CLIL nas aulas de língua inglesa do Ensino Infantil ao Ensino Médio. Com parceria do Grupo Santillana, o colégio que utiliza o material de ensino UNO Internacional, oportuniza aos alunos a exploração de objetos de aprendizagem diversificados nas aulas de língua inglesa, estabelecendo uma conexão com outros componentes curriculares e promovendo a reflexão sobre a importância do uso de um idioma estrangeiro para ter acesso ao mundo global.

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Material Didático UNO Internacional: treinamentos e vivências culturais (Colégio Jd Anália Franco-SP)  

Uma demonstração dessa metodologia na Educação Infantil, destaca as crianças na aprendizagem sobre o mundo à sua volta: como seguir uma receita, diferenciar alimentos saudáveis e não-saudáveis, caracterizar animais, dentre outros assuntos, sempre com o foco em ir além do aprender "somente palavras". Em vivências formativas, as crianças entendem  e aplicam as palavras de forma natural, além de brincarem com o idioma estrangeiro de maneira simples, como em uma atividade de cooking class.

 

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Já no Ensino Fundamental Anos Iniciais, o diálogo curricular é promovido por abordagens entre as áreas de Arte, Matemática, Geografia, além de atividades que permitem a vivência da cultura de outros países. Nessa fase formativa, possibilitar um conhecimento concreto potencializa a aprendizagem da criança que está em processo de alfabetização e, como aprender é sempre bom, não há o que temer em aplicar seus esforços para uma aprendizagem cada vez mais integral que possa abrir portas e janelas a uma leitura de mundo desde cedo.

 

Fazer uso da Metodologia CLIL no ambiente escolar permite com que a língua estrangeira seja vivenciada tanto como um meio para aprender conteúdos como um objetivo de aprendizagem em si, potencializando o desenvolvimento das habilidades linguísticas para alcançar sucesso na aprendizagem dos conteúdos curriculares diversos. Para tanto, os estudantes das diversas idades são sempre encorajados a interagirem, colaborarem e participarem de atividades que envolvam a exploração de conteúdos e a prática da língua.

Exame Internacional Toefl: reconhecimento externo da aprendizagem cotidiana (Colégio Jd Anália Franco-SP)  

 

É importante destacar que além de um ensino vivencial e aplicado à realidade do estudante, o domínio da língua estrangeira vai exigindo do aluno um patamar mais elevado, conforme seu nível acadêmico evolui. Nesse sentido, junto ao trabalho em sala de aula, ao final dos ciclos formativos do Ensino Fundamental Anos Iniciais (5ºano), Anos Finais (9ºano) e Ensino Médio (3ªsérie), os estudantes do Anália realizam os Exames Internacionais Toefl demonstrando seus conhecimentos linguísticos e obtendo resultados cada vez maiores em cada etapa formativa.

 

É certo que os desafios na aprendizagem da língua estrangeira ocorrem e continuarão a ocorrer no cotidiano das escolas, mas a aplicação de metodologias que permitam aos estudantes saírem do óbvio e se permitirem aprender de verdade é uma exigência da realidade global. Que tal aprender, desde cedo, uma língua estrangeira com estratégias que façam sentido à fase em que seu filho está? Os estímulos estão por toda parte e a escola não pode ser indiferente a isso. Conheça sempre mais sobre o que for possível e faça as melhores escolhas para o futuro que já está acontecendo.

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Beatriz Guedes

Licenciatura em Letras (USP)

Mestranda em Educação pela Universidade de Oulu (Finlândia)

Docente de Língua Inglesa do Colégio Jardim Anália Franco

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