Por Adriana Marqueto e Cilene Portugal*
"Na minha época, não existia esse negócio de bullying, era só brincadeira." Essa frase é usada muitas vezes para minimizar o bullying e suas consequências. E é nesse contexto que se torna ainda mais importante compreender o bullying como um problema gravíssimo que afeta milhões de crianças e adolescentes em todo o mundo. Não é "só uma brincadeira", e sim um ato de violência que acontece de forma repetida, proposital e em relações de desequilíbrio de poder.
Ele se manifesta de diversas formas, sendo o verbal um dos mais comuns. Abrange insultos, apelidos depreciativos e humilhações. O bullying físico implica em agressões físicas, como empurrões, socos e chutes. Também existe o bullying social, que envolve exclusão, espalhar boatos e desconsiderar o alvo. E, por fim, o bullying virtual, conhecido como cyberbullying, ocorre por meio da internet e das redes sociais, da divulgação de fotos e mensagens humilhantes - e, inclusive, prolonga o sofrimento da vítima para além de um ambiente específico.
Nesse contexto, cada indivíduo desempenha um papel importante:
> O autor muitas vezes demonstra baixa empatia pelas vítimas e possui habilidades sociais limitadas.
> O alvo, por sua vez, frequentemente apresenta sinais de insegurança, isolamento, ansiedade, pânico, insônia, tristeza e choro, o que pode resultar em uma relutância em interagir socialmente.
> Aqueles que testemunham a situação sem intervir, os espectadores, podem experimentar sentimentos de medo e culpa.
Falar sobre esse assunto é essencial para combater essa ação que muitas vezes é silenciosa e passa despercebida. Ao conscientizar, prevenir e agir contra o bullying, cultivamos espaços onde crianças e adolescentes se sentem seguros, com bem-estar social e emocional garantidos, livres da intimidação e da violência.
A parceria entre a escola e a família se faz necessária, tanto para orientar os filhos quanto para identificar sinais de que há algum sofrimento. Nos dois núcleos, é preciso que a criança e o adolescente sejam apoiados integralmente e encontrem espaços de acolhimento e comunicação. É responsabilidade de todos, pais e educadores, colaborar na construção de ambientes seguros e saudáveis que favoreçam o desenvolvimento dos estudantes.
No Colégio Pentágono, a conscientização e a prevenção ao bullying são aspectos fundamentais nas práticas educacionais. Empatia, tolerância, cooperação e respeito são temas presentes não apenas nas aulas de Projeto de Vida, mas integrados ao currículo e às intervenções do dia-a-dia. Assim,a comunidade escolar têm um olhar cuidadoso para as dinâmicas entre os alunos e estimula diálogos para que compreendam o valor das relações respeitosas no espaço coletivo.
*Cilene Portugal - Orientadora Educacional da Educação Infantil e do Ensino Fundamental - Anos Iniciais - Unidade Alphaville
Adriana Marqueto - Orientadora Educacional do Ensino Fundamental - Anos Finais e do Ensino Médio - Unidade Alphaville