A prova de Matemática do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) está marcada para domingo, 12. Desde 2017, a aplicação do exame é dividida em dois domingos, e não mais em um único final de semana. Assim, depois da prova de Redação, Ciências Humanas e Linguagens, agora será a vez de os candidatos realizarem o exame de Matemática e Ciências da Natureza.
São 90 questões (sendo 45 de Matemática e outras 45 de Ciências da Natureza) e 5 horas para respondê-las. O coordenador pedagógico Daniel Arsego, do Poliedro Curso, explica que a prova é muito extensa e um fator que deve ser levado em consideração é o formato contextualizado de todas as perguntas.
“Essa lógica de questões contextualizadas continua na prova de Matemática. Não vai aparecer uma questão pedindo um cálculo e em seguida mostrando a operação. São sempre situações-problemas que vão ser apresentadas”, explica.
Arsego pontua que isso está relacionado ao que o Enem espera do aluno. “Sempre vai ter o desafio de entender o contexto e, através dos conhecimentos prévios, conseguir solucionar o problema. Nunca vai ser indicado diretamente o que deve ser feito.”
“As questões de Matemática devem ser feitas com estratégia. A gente não pode esquecer que a primeira competência avaliada é a de leitura.”
Rodney Luzio, coordenador de Exatas no Anglo
Rodney Luzio, coordenador de Exatas no Anglo, complementa que o Enem é uma prova de resistência e que o estudante deve estar preparado para o que ela exige. “As questões de Matemática devem ser feitas com estratégia. A gente não pode esquecer que a primeira competência avaliada é a de leitura.”
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A contextualização aplicada às questões de Exatas pode ou não ser um facilitador na hora de resolver os problemas. Ela dá mais chances de o aluno excluir alternativas que não seguem a lógica do contexto ao mesmo tempo que se torna mais complicada para aqueles com dificuldade em entender quando o conhecimento matemático vai ser aplicado.
Características da prova e conteúdos para ficar de olho
Para Luzio, a prova de Matemática pode ser dividida em três blocos:
- 30 questões básicas, 10 questões medianas e 5 questões mais difíceis que materializam as divisões de álgebra, geometria e números da disciplina.
Um ponto de atenção são os problemas de aritmética que podem aparecer em até um terço da prova e que envolvem razão, proporção, porcentagem e as quatro operações. “Quem está se preparando não deve esquecer que razão e proporção são pilares da Matemática. O Enem usa e abusa desse conceito.”
- “Depois, estatística. Eu falo para os alunos que existe um combo: estatística, combinatória e probabilidade. Com certeza ele vai encontrar questões de média e mediana, de análise combinatória e de probabilidade. Dentro da geometria, o Enem prioriza geometria plana e espacial. E dentro das funções, aparecem as de 1º grau, 2º grau e logarítmica.”
É com isso que a prova avalia se o aluno tem domínio de conteúdos “estruturantes”, a competência do raciocínio lógico, a habilidade de fazer um cálculo mais rápido e de encontrar caminhos para a resolução do problema.
Estratégias de como se preparar
O cansaço pode atrapalhar na hora de fazer tantos cálculos, pois nem todo mundo está acostumado a resolver 45 questões matemáticas de uma só vez. Por isso, os professores concordam que fazer exercícios das versões anteriores e simulados ao longo do ano é importante. Vale se aproveitar de o Enem manter um formato similar, sem grandes mudanças de conteúdo de um ano para o outro.
- Esse treinamento favorece o desenvolvimento de um ritmo para as resoluções, além de proporcionar um autoconhecimento sobre os pontos fortes e fracos, para entender o que deve ser aprimorado nos estudos.
Nessa reta final de preparação, os especialistas reforçam a necessidade de olhar “com uma lupa” para as dificuldades e priorizá-las nos estudos, pois, em geral, quem vai bem na prova são aqueles que buscaram desenvolver uma estratégia para esse momento.
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