Cotada para a Educação, Izolda Cela chega à diplomação ao lado de Lula

Presença da governadora do Ceará foi vista como forte sinal de que pode ser escolhida esta semana para o MEC

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colunista convidado
Foto do author Renata Cafardo
Atualização:

A governadora do Ceará, Izolda Cela, cotada para assumir o Ministério da Educação (MEC) chegou com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à sua diplomação, que ocorre nesta segunda-feira, 12, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A presença foi vista por especialistas da área como um forte sinal de uma possível escolha da educadora para o cargo.

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Segundo fontes, os dois conversaram antes da diplomação, algo que não havia ocorrido ainda desde que o nome de Izolda começou a circular como favorita para o cargo. Mas não há a confirmação se o convite já foi feito.

Um dos entraves à escolha serio o fato de o ex-governador do Ceará e eleito senador pelo PT, Camilo Santana, ter pedido um ministério a Lula. Com isso, na montagem do novo governo, não haveria espaço para dois políticos do Ceará e Izolda perderia o lugar.

Camilo teria interesse pelo ministério do Desenvolvimento Regional, mas há a possibilidade inclusive de ele mesmo ficar com o MEC - nesse arranjo, Izolda poderia ser secretária do ministério. Segundo assessores, no entanto, ele também apoia que Izolda seja a escolhida para chefiar a Educação e que o Estado tenha dois representantes no governo Lula.

Desde o fim das semana passada, no entanto, uma ala do PT se opõe à indicação de Izolda, enquanto outro grupo trabalha fortemente para que ela seja escolhida. Entre os que defendem o nome da governadora - responsável por levar Sobral e o Ceará ao topo das avaliações de educação do País - está o já indicado para o ministério da Fazenda e ex-ministro da Educação, Fernando Haddad.

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A governadora do Ceará, Izolda Cela, é cotada para assumir o MEC Foto: ESTADAO / undefined

Dois outros ex-governadores do Nordeste, Rui Costa (Bahia) e Flavio Dino (Maranhão) já foram anunciados como futuros ministros da Casa Civil e Justiça, respectivamente.

A relação de Izolda e seu marido, Veveu Arruda (PT), ex-prefeito de Sobral, com a Fundação Lemann e outros institutos ligados a bancos e empresas privadas, que apoiam a educação, também seria um empecilho para a ala mais à esquerda. Em um evento recente da Lemann, Izolda foi ovacionada e chamada de “ministra” pela plateia de educadores.

Esse outro grupo trabalha para que a vaga de ministro da Educação fique com o deputado federal Reginaldo Lopes (PT), que, durante a campanha eleitoral, foi o porta voz da área em sabatinas e entrevistas. Ele também participa da diplomação de Lula no TSE.

Fora sua experiência na gestão educacional com resultados de sucesso no Ceará, pesa a favor de Izolda o fato de ser mulher. Lula foi criticado na sexta-feira passada ao anunciar os quatro primeiros ministros, todos homens. Houve questionamentos justamente sobre se haveria mulheres, negros e indígenas em ministérios chave, como educação e saúde.

Lula havia prometido mais anúncios nesta semana, ainda nesta segunda ou na terça-feira. Izolda foi a Brasília inicialmente para um compromisso no Supremo Tribunal Federal (STF) e acabou surpreendendo ao aparecer ao lado do presidente eleito quando ele chegou à diplomação.

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