SÃO PAULO - A educação a distância (EAD) ajuda a tornar o ensino mais personalizado e facilita o uso de novas estratégias docentes. Essa é a impressão da maioria dos gestores de universidades, ouvidos em uma pesquisa do Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp). A resistência interna à modalidade, porém, ainda é um desafio.
Os resultados foram divulgados nesta segunda-feira, 27.A pesquisa qualitativa ouviu 20 instituições de grande e pequena porte. As escolas participantes têm cursos totalmente em EAD e outros que usam apenas o limite de 20% de aulas a distância nos cursos presenciais, segundo as regras do Ministério da Educação (MEC).
De acordo com o levantamento, 83% dos 20 gestores ouvidos disseram que o aprendizado ficou mais personalizado. A mesma proporção de entrevistados afirmou que o EAD reduz os custos acadêmicos e administrativos.
Uma quantidade menor (44%) dos gestores informou que o ensino online ajudou a reduzir até a evasão. O abandono de estudantes antes da conclusão do curso é tradicionalmente considerado um problema do EAD.
Radiografia. Entre as áreas, o estudo mostrou que as Ciências Humanas são as que têm mais cursos na modalidade. Já nas Exatas e, principalmente, na Saúde, a presença da educação a distância ainda é mais tímida.
"Somada à resistência da academia ao EAD, temos a burocracia para credenciar um polo de ensino a distância", comenta o diretor-executivo do Semesp, Rodrigo Capelato. Segundo ele, ainda existem poucas modelos de ensino online em oferta. "É importante que outros apareçam, até para gerar concorrência", afirma.
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