Para saber como funciona a Teoria de Resposta ao Item (TRI) é necessário entender que a prova é elaborada para conter um equilíbrio entre questões fáceis, médias e difíceis.
A média de acertos não é calculada levando-se em conta somente o número de questões corretas, mas também a coerência das respostas do participante diante do conjunto das questões que formam a prova.
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Conforme o nível de dificuldade de cada pergunta, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (Inep), órgão ligado ao Ministério da Educação (MEC), elabora uma função matemática para cravar quanto de conhecimento o candidato tem em cada questão da prova.
Nesta avaliação, o conhecimento do participante se expressa por meio do conjunto de itens que fazem parte de uma escala de proficiência. Cada item é uma questão.
Com o resultado das respostas aos itens é gerado um gráfico para cada questão da prova, que mostra quais as chances que um candidato com determinado nível de conhecimento tem de acertá-la.
Assim, a nota depende somente do conhecimento do indivíduo no momento da prova. Ela não depende do desempenho dos outros participantes ou do modelo de prova que ele realiza. Para completar, o cálculo da probabilidade de acerto é feito em união com a análise de coerência pedagógica.
A ideia é medir com mais precisão a proficiência nas matérias e evitar que chutes sejam recompensados. Se o candidato acertou uma questão mais simples e errou uma mais complexa depois, a prova será considerada mais coerente em relação a de quem fez o contrário. Pela TRI, errar perguntas fáceis e ir bem nas questões complexas leva a uma "punição" na nota. Estatisticamente, seria improvável o candidato ter acertado apenas as difíceis e, portanto, provavelmente houve chute.
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O Inep exemplifica a teoria: suponha que desejemos medir a altura de uma pessoa, em metros, por meio de um questionário utilizando a TRI. Uma pergunta (item) que poderia ser feita é “Você consegue guardar sua bagagem de mão no avião sem pedir ajuda?”. Uma pessoa que responda “sim” a este item deve ter, no mínimo, 1,65m. Esta seria então a “altura” do item. Um outro item: “Você acha que se daria bem em um time de basquete?”. A altura deste item seria algo em torno de 1,90m. Ao final de um conjunto de perguntas como esta, seria possível saber, com uma certa precisão, a altura do respondente.
Esse método de avaliação é usado em outros testes, como o Toefl (exame americano que mede a proficiência em língua inglesa) e o SAT (Scholastic Aptitude Test ou Scholastic Assessment Test, usado no ingresso dos estudantes americanos na universidade). Aqui no Brasil, o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) e a Prova Brasil, usada para avaliar a qualidade da educação básica entre alunos do ensino fundamental, também usam a TRI.
Esse modelo é considerado mais eficiente para comparar resultados de duas provas com questões diferentes, que testam as mesmas habilidades. Portanto, a TRI pretende promover uma comparação mais real dos exames de um ano para o outro.
O Sisu seleciona estudantes para as universidades federais do País. Como pré-requisito, o candidato precisa ter atingido uma nota acima de zero na redação do Enem. O estudante pode escolher até duas opções de cursos ofertados pelas universidades participantes e o sistema irá selecionar os mais bem classificados de cada curso, de acordo com as notas no exame. As inscrições serão de 21 a 24 de janeiro de 2020 e o resultado será anunciado no dia 28. Quem não passar na primeira chamada e desejar entrar na lista de espera, a janela de inscrição será de 29 de janeiro a 04 de fevereiro de 2020.
Programa Universidade para Todos (ProUni)
O ProUni é o programa para quem deseja estudar com bolsa de estudo integral (100%) ou parcial (50%) em instituições privadas de ensino superior. Para se inscrever, é preciso ter participado de alguma edição do Enem desde 2010, ter obtido o mínimo de 450 pontos na prova e ter atingido nota acima de zero na redação. Para concorrer a bolsas integrais, a renda familiar mensal do candidato deve ser de até um salário mínimo e meio por pessoa. Já o benefício de bolsas parciais aceita estudantes com renda de até três salários mínimos por pessoa. As inscrições serão de 28 a 31 de janeiro de 2020. Os aprovados na primeira chamada serão conhecidos no dia 4 de fevereiro, enquanto os da segunda chamada serão anunciados em 18 de fevereiro de 2020.
Financiamento Estudantil (Fies)
O Fies é a modalidade em que o governo financia seu estudo, com cobrança gradual ao longo dos anos. O candidato precisa obter o mínimo de 450 pontos na prova múltipla escolha e nota acima de 400 na redação. O candidato tem duas modalidades no programa: a primeira, com juros zero, exige que a renda da família seja de até três salários mínimos por pessoa. A segunda, chamada de P-Fies, inclui bancos privados como agentes financeiros do empréstimo, com limite de renda familiar mensal de até cinco salários mínimos por pessoa. A inscrição para o programa será entre 5 e 12 de fevereiro de 2020, com os resultados previstos para dia 26 do mesmo mês. A inscrição na lista de espera poderá ser feita entre 28 de fevereiro e 31 de março de 2020.
Ingresso direto em universidades
Universidades estaduais, como a USP e Unicamp, também passaram a aceitar a nota do Enem como forma de ingresso para os seus cursos. Algumas faculdades privadas também aceitam a nota.