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Enem e Fuvest: Dez dicas de estudos para as semanas finais de preparação

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Por Vanessa Fajardo
Atualização:

Falta pouco tempo para as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e da Fuvest, mas ainda dá para aproveitar e otimizar o tempo nessa reta final dos estudos. Professores e candidatos dão dicas sobre como manter a calma e organizar as próximas semanas.

Bruna Babos Gomes, de 18 anos, vai para seu 3º Enem. Ela fez como treineira, ainda no ensino médio e depois no ano passado, quando já havia concluído. Em 2021, foi classificada pelo Sisu – sistema que seleciona para universidades públicas, com base nas notas do Enem – para o curso de Serviço Social na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Movimento de alunos na FEA USP, candidatos a uma das vagas do vestibular da Fuvest. (Tiago Queroz/Estadão) 

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Mas ela desistiu da vaga e se matriculou no cursinho Etapa, agora em busca de uma vaga em Direito. “Não vai ser uma grande novidade fazer a prova neste ano. Já conheço o esquema e o tempo apertado. Para mim, o volume das questões é o grande desafio.”

Para ela, a experiência dos anos anteriores vai ser fundamental, bem como a preparação do cursinho. “Tem assuntos que nunca tinha visto, estou conseguindo me preparar melhor e me aperfeiçoando nas áreas de Humanas e Linguagens. Quando fiz o Enem como treineira, estava muito nervosa. Aprendi que respirar é a base de tudo. No cursinho, a gente faz simulado todo fim de semana, pega o jeito de como funciona e vira algo mais cotidiano.”

O Enem será nos dias 13 e 20 de novembro. Serão mantidos os protocolos de saúde adotados no ano passado: distanciamento entre concorrentes, uso de máscara por parte dos aplicadores, fiscais e coordenadores e higienização de ambientes contra a covid-19. Este ano a prova comum e o Enem Digital ocorrem nos mesmos dias, com a mesma avaliação de Redação, e os candidatos poderão se identificar nos portões com documentos digitais.

Para ajudar, o Estadão separou dez dicas para quem vai fazer o Enem e a Fuvest.

Foque nos conteúdos que você tem mais dificuldade

Definir bem cronograma, calendário e prioridade de estudo pode te ajudar no aprendizado até o vestibular (Robson Fernandes/Estadão) Foto: Robson Fernandes/Estadão

As provas do Enem ocorrem só em novembro, e a primeira fase da Fuvest será no dia 4 de dezembro. Para aproveitar o tempo até lá, vale a pena fazer um cronograma de estudos dando mais atenção aos conteúdos em que você possui mais dificuldade. Aproveite para investir na resolução daquele exercício que considera complicado. E vale tirar dúvidas com colegas e professores e tentar resolver dúvidas.

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Docente do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos, Antonio Carlos Hernandes reforça que, como ainda falta mais de um mês para os exames, é importante investir em conteúdo e não desacelerar o ritmo dos estudos. “Dá tempo de se organizar, fazer um planejamento daqui para a frente. Pensar um pouco e entender em que precisa focar mais e o que merece uma revisão”, diz. Há 22 anos, ele coordena programas como o Vem Saber, que incentiva alunos de ensino médio a ingressarem na universidade.

Revise as disciplinas em que encontra dificuldade

Dentro desse cronograma, não deixe de contemplar as disciplinas que domina mais. É importante revisar mesmos aqueles conteúdos em que você tem mais facilidade, para chegar afiado ao dia da prova.

“É hora de garantir o que você já sabe. O Enem tem a TRI (<CF742>Teoria de Resposta ao Item</CF>) que faz com que o aluno pontue à medida da dificuldade da questão. Por isso, não errar o que você já sabe é a melhor estratégia”, diz Talita Cavalheiro, professora de História do cursinho Maximize.

Treine redação

Escrever bem é resultado sempre de treino. Quanto mais você escreve, mais o seu texto melhora. As redações costumam ter peso alto nos vestibulares, por isso se você se sair bem nela tem chances de conseguir uma boa nota.

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Além disso, tanto o Enem quanto a Fuvest exigem formatos específicos em sua avaliação de Redação. No caso do Enem, ela vem acompanhada de trechos de livros ou charges, como material de apoio, e exige que o candidato apresente uma proposta de intervenção. Ou seja, o vestibulando precisa discorrer sobre o tema, problematizá-lo e, por fim, apresentar soluções. A Fuvest também cobra um texto dissertativo-argumentativo, mas com uma matriz de correção diferenciada.

Faça simulados

Essa é uma maneira bem eficaz de se preparar para as provas. Cursinhos, escolas e outras instituições costumam aplicar simulados nos mesmos moldes da vida real.

Dessa forma é possível, até, ter noção de quanto tempo você demora para responder cada questão, se está dentro do ideal. O tempo pode ser um vilão no dia do exame, caso você não esteja habituado ao ritmo da prova.

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Consulte provas antigas

Além dos simulados, uma boa forma de treinar é responder questões de exames dos anos anteriores. As provas são ofertadas pelas instituições e podem ser consultadas nos sites oficiais.

Por meio delas, é possível ter uma noção de quais temas são mais recorrentes. “Também é importante se acostumar com o jeito que a prova funciona. Enem e Fuvest, por exemplo, são exames muito diferentes um do outro. Cada um cobra de um jeito os mesmos conteúdos”, alerta a professora Talita.

Encontre um lugar para estudar com calma

Para que todas as dicas anteriores funcionem bem, é fundamental que o aluno tenha um espaço de estudo que lhe traga calma e ajude na concentração. Alguns candidatos gostam de ficar estudando na escola ou no cursinho, após o período de aulas regulares.

Outros concorrentes preferem correr para casa o mais rápido possível. A escolha é muito individual, mas, qualquer que seja, é importante que de fato o local contribua com o momento de estudo.

Acompanhe o noticiário

Ainda não é hora de se desligar do mundo – ela chegará, na semana do exame. Nessa reta final é importante ficar de olho nas notícias, por meio de TV, internet ou veículos impressos. Por mais que os vestibulares sejam fechados com antecedência e não cobrem conhecimento sobre os acontecimentos das últimas semanas, seguir o noticiário ajuda a ampliar o repertório na hora de escrever sobretudo a Redação, por exemplo, e colabora, ainda, com a capacidade de interpretação de texto.

“Mesmo que não caia na prova alguma questão relacionada à morte da rainha Elizabeth II, por exemplo, podem aparecer mais perguntas sobre a história da Inglaterra. É muito importante ficar de olho nos momentos atuais, revisar os momentos históricos do ano, como a Semana de Arte Moderna e os 200 anos da Independência do Brasil”, explica Talita.

Visite antes os endereços dos locais de prova

Assim que forem liberadas as informações sobre os locais em que você fará as provas, faça uma visita antes do “dia D.” Mesmo que você já conheça o endereço, vale a pena fazer essa visita para evitar qualquer contratempo.

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Também é fundamental avaliar como você fará esse deslocamento. Se a opção for pelo transporte público, lembre que esses veículos costumam funcionar em horário reduzido em fins de semana. Esse tipo de “excesso de zelo” garante mais segurança até a chegada ao local e contribui para que haja tranquilidade na realização dos exames.

Cuide do corpo e da mente

Esse período costuma ser de muita tensão para o estudante. A combinação de nervosismo e ansiedade é um prato cheio para a queda da imunidade e consequentes resfriados ou outras doenças. Por isso, cuide do seu corpo e da sua mente. Faça exercícios, alongamentos e medite, entre outras práticas que levem ao relaxamento. Há muitos aplicativos gratuitos disponíveis para ajudar nessa jornada. O seu corpo precisa estar são para que a cabeça funcione plenamente na hora de resolver as questões apresentadas.

Para o professor Hernandes, a atividade física é fundamental nessa reta final dos estudos – ele orienta que o aluno crie uma rotina que inclua caminhadas ao ar livre ou outros exercícios, no mínimo 15 dias antes do início da maratona de provas. “Relaxamento não é só ouvir música ou dormir, precisa mexer com a bioquímica do corpo e fazer atividade física. Isso é extremamente importante para a mente e para conseguir chegar no dia da prova ‘zen’.”

Na véspera, respire fundo

”É muito comum que, aos 45 minutos do segundo tempo, o estudante descubra um tema que deveria ter estudado mais. A véspera da prova é dia de descansar”, alerta a professora Talita. Hernandes conta que nessa hora pode surgir pânico e o clássico pensamento de autoboicote, a ideia do “eu não sei nada.” Por isso, é necessário tentar relaxar, se alimentar bem, fazer exercícios de respiração e ter uma boa noite de sono. Não é hora de excessos, de fazer baladas ou dormir tarde. Respire fundo e boa prova.

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