O estudante Caio Temponi, de 14 anos, tornou-se a pessoa mais jovem a obter uma aprovação no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), que possui um dos exames de seleção mais difíceis do País. A informação partiu do reitor da institução, Anderson Correia, que ligou para o adolescente para dar a notícia.
“Anunciamos os aprovados na segunda fase do vestibular do ITA e com prazer informamos que Caio Temponi, com apenas 14 anos de idade, é o mais jovem aprovado na história do ITA”, escreveu Anderson Correia no Twitter.
Caio contou que estava no colégio, com os pais e professores, quando recebeu o aviso.”Receber a ligação do reitor foi a coisa mais especial que eu poderia imaginar. Todo meu estudo e minha dedicação valeram a pena, é um momento de muita felicidade.”
Apesar da idade, Caio está acostumado com as aprovações, que acontecem desde os 13 anos, quando foi aprovado em primeiro lugar nos cursos de Direito da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Administração na Universidade Estadual do Ceará (UECE) e Engenharia Civil na Universidade Federal do Cariri. Este ano, ele ainda foi selecionado para cursar Medicina na Universidade de Fortaleza (Unifor).
Ainda neste ano, o estudante foi medalha de ouro na 28.ª Olimpíada Internacional de Matemática de Maio, na categoria até 13 anos. Ele foi o único brasileiro a concorrer com estudantes de outros 12 países, alcançando 44 pontos, contra 34 dos segundos colocados.
Habilidade foi detectada desde cedo
Em setembro, o Estadão falou com Temponi sobre sua rotina de estudos, enquanto ele se preparava para o exame do ITA. “Eu gosto de fazer provas para testar meus conhecimentos e também ganhar experiência, né? Para quando for para valer mesmo eu já ter aquela bagagem”, brincou.
A jornada para o avanço de série teve início na cidade de Três Rios, onde o garoto nasceu, no interior do Rio de Janeiro. Lá, ele foi levado a uma psicóloga, que realizou um teste de QI. O resultado levou a primeira mudança de série, para o segundo ano do ensino fundamental, antes chamado de primeira série.
Ainda de acordo com a mãe, a diferença de Caio para os colegas ainda era perceptível, sendo necessário um outro exame, no terceiro ano, o que possibilitou mais um adiantamento. “A escola me chamou e falou ‘olha, o Caio está mostrando que deve pular novamente, tem que fazer o avanço do cérebro’. Mas eu fiquei um pouquinho com medo e foi quando decidi procurar um neuropsicólogo”, contou em setembro Laurismara Temponi.
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