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Estudante maranhense que chegou a Stanford ajuda conterrâneos a conseguir bolsas de estudo

Renner Lucena foi bolsista de colégio em Fortaleza e segue conversando com escolas de sua cidade natal para que outros alunos consigam educação de alto nível

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Por Natália Coelho
Atualização:

O estudante e empresário maranhense Renner Lucena, de 24 anos, se lembra exatamente de um dos momentos em que percebeu com mais clareza como a educação iria ter um peso grande em sua vida. Na época, com 15 anos, e estudando no ensino médio para o ITA como bolsista em um colégio em Fortaleza, a 1.200 km da sua cidade natal, ouviu de seu irmão, Roger, hoje com 27 anos, como aquele momento poderia ser decisivo para o futuro.

“Ele contou que achava que agora era um momento importante para aprender. É uma oportunidade que a gente não vai ter de novo e se, a gente fizesse direito, iria mudar nossa vida”, explica Renner.

Renner Lucena estudou em Stanford e tem a educação como objetivo de vida Foto: Daniel Teixeira/Estadão

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Natural de Imperatriz, do Maranhão, é estudante de Ciência da Computação na universidade americana de Stanford, tendo recebido bolsa integral e recusado inclusive vagas para o ITA e IME para seguir o sonho de estudar fora.

Da mesma forma, seu irmão Roger sentiu na pele as oportunidades abertas pela possibilidade de estudar em melhores condições e acabou aprovado no ITA em segundo lugar.

Apesar de ter seguido na área de exatas, Renner exala educação, tema que fez e faz parte de sua trajetória e dia a dia. Ex-professor do Centro Acadêmico Santos Dumont, membro da Fundação Estudar e apoiador da Associação Cactus, que leva olimpíadas para estudantes dos interiores do Brasil, Renner deseja expandir ainda mais suas contribuições com o ensino.

Em seus anos no ensino médio e começo da faculdade, criou o projeto “Além do Horizonte”, ação autoral que estimulava estudantes a se inscreverem em olimpíadas em Imperatriz, sua cidade natal.

“Apesar do ‘Além do Horizonte’ ter acabado, eu e meu irmão seguimos como referência na cidade, e a gente segue conversando com as escolas e os alunos de lá que entram em contato. Aí a gente faz a ponte com o Farias Brito [colégio em Fortaleza] para as bolsas. E já ajudamos com dinheiro, com a passagem”, destaca Renner, indicando que está iniciando uma nova ponte para conseguir uma bolsa para outro estudante de sua cidade já para janeiro de 2023.

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Atualmente morando em São Paulo, Renner fundou uma empresa de cryptogames, e deseja contribuir para o crescimento tecnológico do Brasil que, segundo ele, é intrínseco à educação do País.

“Um dia um professor me disse que se você aumenta a geração de recursos, você tem mais riqueza na sociedade. E o jeito de aumentar o número de riquezas é literalmente a educação. Ela é a ferramenta para melhorar a tecnologia. E se você tem tecnologia e educação, você consegue riqueza para todo mundo”.

A ideia de ampliação tem como um dos focos sua região natal, e aumentar a eficiência de empresas do Nordeste está entre as metas. “A gente poderia fazer comida muito mais barata. Qualquer recurso, se tiver educação e tecnologia, você consegue fazer a máquina girar.”

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