Governo de SP vai usar o ChatGPT na produção de aulas dos ensinos fundamental e médio

Secretaria da Educação diz que se trata de um projeto piloto e que haverá revisão de especialistas. Conteúdo será destinado a alunos da rede estadual de ensino

PUBLICIDADE

Foto do author Marcio Dolzan

O governo do Estado de São Paulo irá utilizar uma ferramenta de inteligência artificial (IA), o ChatGPT, como parte da produção de aulas voltadas a alunos dos anos finais do ensino fundamental e do ensino médio da rede pública de ensino. Atualmente, o material é todo elaborado por professores curriculistas, que são especialistas na área.

A informação foi divulgada inicialmente pela Folha de S. Paulo e confirmada pelo Estadão. Em nota, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) informou que, por ora, trata-se de um “projeto piloto”. A pasta ainda negou qualquer possibilidade de excluir professores do processo de produção das aulas.

De acordo com a secretaria, todo o material criado via IA passará por revisão de profissionais de educação Foto: Tiago Queiroz/Estadão - 16/6/2021

PUBLICIDADE

“Esse processo de fluxo editorial ainda será testado e passará por todas as etapas de validação para que seja avaliada a possível implementação. Nele, as aulas que já foram produzidas por um professor curriculista e já estão em uso na rede são aprimoradas pela IA com a inserção de novas propostas de atividades, exemplos de aplicação prática do conhecimento e informações adicionais que enriqueçam as explicações de conceitos-chave de cada aula”, declarou a Seduc à reportagem.

Apesar de estar cada vez mais difundida, a tecnologia de IA não está imune a erros - ao contrário, é bastante comum que ferramentas como o ChatGPT e outras apresentem informações erradas ou distorcidas.

De acordo com a secretaria, todo o material criado via IA passará por revisão de profissionais de educação. “Esse conteúdo será avaliado e editado por professores curriculistas em duas etapas diferentes, além de passar por revisão de direitos autorais e intervenções de design”, declarou a secretaria.

Publicidade

“Por fim, se essa aula estiver de acordo com os padrões pedagógicos, será disponibilizada como versão atualizada das aulas feitas em 2023.” Atualmente, São Paulo conta com 90 professores curriculistas.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.