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Universidades e institutos federais entram em greve; veja lista

Professores e servidores demandam reajuste salarial do governo. Ministérios dizem realizar negociação com as categorias

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Atualização:

Professores de diversas universidades e institutos federais entraram em greve reivindicando reajuste salarial e equiparação dos benefícios dos servidores públicos federais àqueles concedidos ao legislativo e judiciário, ainda em 2024. Os servidores técnico-administrativos já estão em greve há um mês.

Até o momento, são pelo menos:

  • 19 universidades, 5 institutos federais e 1 centro federal de educação (CEFET) em greve;
  • 7 universidades em estado de greve (podem entrar em greve a qualquer momento);
  • 7 universidades, 1 instituto federal e 1 CEFET com indicativos de greve após 15/4;
  • 7 universidades com indicativos/construções de greve aprovadas sem data de deflagração.

Esses números referem-se à greve de docentes. Há ainda ao menos 70 universidades em que os servidores técnico-administrativos estão em greve desde a primeira quinzena de março.

O País tem 69 universidades federais e 38 institutos federais. Confira a lista das universidades em greve abaixo.

A UnB é uma das universidades que têm greve marcada para segunda-feira Foto: BETO MONTEIRO/SECOM/UNB
  • Os professores de instituições federais pedem que o reajuste salarial seja de 22%, dividido em 3 parcelas iguais de 7,06% em maio de 2024, 2025 e 2026.
  • Já os servidores-técnico administrativos pedem por um reajuste maior, de 34%, também dividido em três parcelas em 2024, 2025 e 2026.

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Segundo o sindicato da categoria, os percentuais correspondem às perdas salariais desde o governo do ex-presidente Michel Temer, em 2016, até dezembro de 2023, acrescidas das projeções inflacionárias de 2024 e 2025.

A proposta do governo é de que não haja reajuste salarial em 2024, mas tem como contraproposta o aumento de benefícios e auxílios pagos aos funcionários públicos, sendo o principal deles o auxílio-alimentação com 52% de aumento, de R$ 658 para R$ 1.000.

Os valores do auxílio-creche e do auxílio-saúde seriam reajustados, conforme proposta do governo, em 51% para todos os servidores públicos federais ativos.

“Apenas o aumento do auxílio-alimentação resultaria em ganho de renda de mais de 4,5% para mais de 200 mil servidores ativos – que são os que ganham até R$ 9 mil mensais”, afirma o Ministério de Gestão e Inovação.

O governo chegou a propor dois reajustes salariais de 4,5%, um em 2025 e outro em 2026, “que somados aos 9% já concedidos (no ano passado), representariam recomposição salarial de 19%, o que ficaria acima da inflação projetada para o período”, segundo informou a pasta.

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A oferta dos dois reajustes de 4,5% para os próximos anos foi rejeitada pelo sindicato, que quer a recomposição salarial ainda em 2024.

Os servidores públicos federais pedem pelo “revogaço”, isto é, a revogação de uma série de leis implementadas nos últimos governos, como as jornadas especiais de trabalho, procedimentos administrativos diante de greve no serviço público, a centralização no INSS das pensões e aposentadorias, e a contrarreforma da previdência social.

Eles reivindicam ainda por um compromisso de negociação prévia com a bancada sindical a respeito da PEC da Reforma Administrativa, além da implementação dos acordos de reestruturação das carreiras e a instalação dos acordos feitos em mesas de carreiras (fóruns de discussão de pautas não financeiras).

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“O governo se comprometeu a implantar até julho todas as mesas específicas de carreiras que ainda não foram abertas no âmbito da Mesa Nacional de Negociação Permanente. Atualmente são 18 mesas de negociações específicas abertas. Dez mesas já chegaram a acordos e oito estão em andamento”, afirma o Ministério de Gestão e Inovação.

Já o MEC afirmou que “vem envidando todos os esforços para buscar alternativas de valorização dos servidores da educação, atento ao diálogo franco e respeitoso com as categorias” e que equipes da pasta vêm participando da mesa nacional de negociação e das mesas específicas de técnicos e docentes instituídas pelo Ministério de Gestão e Inovação, e da mesa setorial que trata de condições de trabalho.

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), que representa os reitores de todas as 69 universidades federais e dois centros federais de educação tecnológica, diz que “a greve é um direito constitucional garantido aos trabalhadores e as seções sindicais e os servidores têm autonomia para deliberar quanto à participação no movimento”.

Duas representantes da Andifes estão contribuindo para mediar o debate sobre a carreira dos servidores técnicos-administrativos, informa a associação.

“A Andifes está comprometida com a democracia e com a educação pública de qualidade, como a que ocorre nas nossas instituições federais, e espera que as negociações entre as categorias e o governo federal sejam resolvidas de forma satisfatória para todos e para a sociedade o quanto antes”, diz.

Veja a lista de universidades em que estão ou podem entrar em greve:

  • Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) – campus Rio Grande: professores em greve
  • Instituto Federal do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS) - campi Pouso Alegre, Poços de Caldas e Passos: professores em greve
  • Universidade Federal do Rio Grande (FURG): professores e servidores em greve
  • Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG): professores e servidores em greve
  • Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG): professores e servidores em greve
  • Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste-MG (IF Sudeste-MG) - campus Juiz de Fora, Santos Dumont e Muria: professores e servidores em greve
  • Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia SulRiograndense (IFSul) - campus Visconde da Graça: professores em greve
  • Instituto Federal do Piauí (IFPI): professores em greve
  • Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB): professores e servidores em greve
  • Universidade Federal de Brasília (UnB): professores e servidores em greve
  • Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF): professores e servidores em greve
  • Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP): professores e servidores em greve
  • Universidade Federal de Pelotas (UFPel): professores e servidores em greve
  • Universidade Federal de Viçosa (UFV): professores e servidores em greve
  • Universidade Federal do Cariri (UFCA): professores e servidores em greve
  • Universidade Federal do Ceará (UFC): professores e servidores em greve
  • Universidade Federal do Espírito Santo (UFES): professores e servidores em greve
  • Universidade Federal do Maranhão (UFMA): professores e servidores em greve
  • Universidade Federal do Pará (UFPA): professores e servidores em greve
  • Universidade Federal do Paraná (UFPR): professores e servidores em greve
  • Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB): professores e servidores em greve
  • Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa): professores em greve
  • Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR): professores e servidores em greve
  • Universidade Federal de Rondônia (UNIR): professores e servidores em greve
  • Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD): professores em estado de greve e servidores em greve
  • Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ): professores irão deflagrar greve em 22/4 e servidores em greve
  • Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO): professores em estado de greve e servidores em greve
  • Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ): professores em estado de greve e servidores em greve
  • Universidade Federal de Santa Maria (UFSM): professores em estado de greve e servidores em greve
  • Universidade Federal do Pampa (Unipampa): professores em estado de greve
  • Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA): professores em estado de greve e servidores em greve
  • Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT): professores em estado de greve e servidores em greve
  • Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET-RJ): professores com indicativo de greve após 15/4
  • Instituto federal do Rio Grande do Sul (IFRS) - campi Alvorada, Canoas, Osório, Porto Alegre, Restinga, Rolante e Viamão: professores com indicativo de greve após 15/4
  • Universidade Federal de Sergipe (UFS): professores com indicativo de greve após 15/4 e servidores em greve
  • Universidade Federal de Uberlândia (UFU): professores com indicativo de greve após 15/4 e servidores em greve
  • Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA): professores com indicativo de greve após 15/4 e servidores em greve
  • Universidade Federal de Roraima (UFRR): professores com indicativo de greve após 15/4
  • Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) - campus Cajazeiras: professores com indicativo de greve após 15/4 e servidores em greve
  • Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI): professores com indicativo de greve sem data de deflagração e servidores em greve
  • Universidade Federal do Piauí (UFPI): professores com indicativo de greve sem data de deflagração e servidores em greve
  • Universidade Federal de Pernambuco (UFPE): professores irão deflagrar greve em 22/4
  • Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB): professores com indicativo de greve sem data de deflagração e servidores em greve
  • Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE): professores com indicativo de greve sem data de deflagração
  • Universidade Federal da Paraíba (UFPB): professores com indicativo de greve sem data de deflagração e servidores em greve
  • Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM): professores com indicativo de greve sem data de deflagração e servidores em greve
  • Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA): servidores em greve
  • Universidade Federal do Amazonas (UFAM): servidores em greve
  • Universidade Federal do Acre (UFACU): servidores em greve
  • Universidade Federal do Tocantins (UFT): servidores em greve
  • Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT): servidores em greve
  • Universidade Federal do Amapá (UNIFAP): servidores em greve
  • Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (UFAPE): servidores em greve
  • Universidade Federal da Bahia (UFBA): servidores em greve
  • Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB): servidores em greve
  • Universidade Federal de Alagoas (UFAL): servidores em greve
  • Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN): servidores em greve
  • Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA): servidores em greve
  • Universidade Federal de Rondonópolis (UFR): servidores em greve
  • Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS): servidores em greve
  • Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS): servidores em greve
  • Instituto Federal de Goiás (IFG): servidores em greve
  • Universidade Federal de Goiás (UFG): servidores em greve
  • Universidade Federal de Jataí (UFJ): servidores em greve
  • Universidade Federal de Catalão (UFCAT): servidores em greve
  • Universidade Federal Fluminense (UFF): servidores em greve
  • Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ): servidores em greve
  • Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP): servidores em greve
  • Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR): servidores em greve
  • Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG): servidores em greve
  • Universidade Federal de Lavras (UFLA): servidores em greve
  • Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM): servidores em greve
  • Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL): servidores em greve
  • Universidade Federal do ABC (UFABC): professores com indicativo de greve e servidores em greve
  • Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC): servidores em greve
  • Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS): servidores em greve
  • Instituto Federal do Paraná (IFPR): servidores em greve
  • Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS): servidores em greve

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