O governo do Estado de São Paulo anunciou nesta quarta-feira, 21, a construção de um polo do Google no Instituto de Pesquisa e Tecnologia (IPT), que funciona colado à Universidade de São Paulo (USP), no Butantã, zona oeste da capital. Com isso, é esperada “colaboração em projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação em prol da população”, como definiu a gestão estadual.
A ideia é que, a exemplo das parcerias que já ocorrem hoje no IPT com outras empresas privadas, como Lenovo e Gerdau, o Google participar e desenvolver projetos. Neste primeiro momento, segurança online e inteligência artificial são as áreas de maior atenção da empresa para esta parceria. O IPT já possui um laboratório de Seção de Inteligência Artificial e Analytics.
“Para nós, é um marco interno no Google, já que ele (o IPT) será o nosso segundo centro de engenharia no Brasil”, disse Fábio Coelho, presidente do Google Brasil, em evento de anúncio da iniciativa no Palácio dos Bandeirantes. O Google já tem um polo de engenharia e pesquisa em Belo Horizonte desde 2005.
Segundo Coelho, o centro mineiro, único até então na América Latina, é reconhecido internacionalmente dentro do Google pela sua excelência e colabora com pesquisas globais. Com mais um em São Paulo, a ideia é expandir a presença da empresa no Brasil e a colaboração de cientistas e engenheiros brasileiros.
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Como será o polo do Google em São Paulo?
O prédio do IPT em que será instalado o polo da Google será o número 1, mais próximo à Escola Politécnica (Poli). Ele passará por uma reforma, feita pela própria empresa, a partir de setembro deste ano e deve ser inaugurado em 2026. A capacidade é de 400 pessoas, mas o Google não disse quantas pessoas deve contratar para trabalharem no espaço.
De acordo com a diretora-presidente do IPT, Liedi Bernucci, o prédio é semelhante ao ocupado por outras empresas privadas dentro do instituto, como Lenovo e Gerdau. “Estamos muito felizes e só começando. Devemos ter mais de 10 novas parcerias com empresas no IPT este ano”, afirmou.
O governador Tarcísio de Freiras (Republicanos) comemorou a parceria com a empresa dizendo que esta é mais uma iniciativa de união entre o Estado, a academia e a iniciativa privada. “É a união que dá certo”, afirmou. “Precisamos de inovação para deixar de ser o País do futuro e ser o País do presente (...). Agora nossos talentos não vão precisar sair do Brasil para trabalhar no Google.”
Segundo o Secretário de Ciência Tecnologia e Inovação do Estado, Vahan Agopyan, que veio da Poli e já foi reitor da USP, a ideia é que a inovação e tecnologia desenvolvida junto ao Google, outras empresas e de maneira independente pelas universidade gerem soluções para problemas do Estado, como a dificuldade de proteger e rastrear celulares roubados e identificar mensagens de risco a escolas, a exemplo do comportamento visto em autores de atentados nos últimos anos.
O presidente do Google afirmou que a segurança de celulares contra roubos e furtos é um dos pontos de maior atenção da empresa hoje e será abordada também no novo centro no IPT.
Correções
Uma versão anterior desta reportagem mencionou incorretamente a previsão de participação de estudantes e pesquisadores da USP na iniciativa. Também relatou incorretamente que o centro de Belo Horizonte tinha ligação com a UFMG. Os dados foram corrigidos.
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