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Passado, presente e futuro

Principal avanço até aqui foi a padronização da avaliação; meta é ter 44% dos jovens cursando o ensino superior até 2034

Por Senac e Estadão Blue Studio
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Quando foi criado, em 1998, o Enem era composto por 63 questões sobre conhecimentos gerais e mais a redação. Em 2010, ao ser reinventada, a prova passou a ter 180 questões objetivas, divididas em quatro áreas do conhecimento, além da redação. Naquele ano foi criado o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que concedeu ao exame ainda mais força como critério de seleção para o ensino superior – sem perder a função original de contribuir para indicadores educacionais e o desenvolvimento de estudos sobre a qualidade da educação no Brasil.

SENAC 3 Foto: Getty Images

Um dos grandes avanços proporcionados pelo Enem como critério de ingresso no ensino superior foi a padronização da avaliação, o que viabilizou a nacionalização das vagas – os participantes podem se inscrever em instituições de qualquer parte do País. Hoje, de acordo com edição mais recente do Censo da Educação Superior, 18,2% dos ingressos nesse nível de ensino ocorrem via Enem, ante 69,1% pelo vestibular e 12,7% por outras formas. O porcentual de ingresso pelo Enem é bem maior nas instituições públicas (39,7%), ante 13,9% nas instituições privadas.

As instituições privadas de ensino superior costumam avaliar bem o desempenho dos ingressantes via Enem. “É um perfil acadêmico que, em geral, demonstra maior familiaridade com conteúdos interdisciplinares, já que o exame avalia competências amplas”, diz Monique Guimarães, coordenadora da Secretaria Acadêmica da Escola de Negócios e Seguros (ENS). “Além disso, esses estudantes tendem a apresentar um bom desempenho inicial em disciplinas que exigem habilidades de interpretação e análise crítica, destacando-se pelo preparo adquirido durante a preparação para o Exame.”

Os candidatos podem utilizar a nota do Enem para ingressar na graduação em Gestão de Seguros da ENS, desde que comprovem média igual ou superior a 350 pontos em uma das edições do Exame de 2020 para cá. Além disso, a ENS oferece bolsas de estudo que variam de 40% a 80%, dependendo da média alcançada no Exame.

Metas ambiciosas

Qualquer pessoa que já concluiu o ensino médio ou está no último ano dessa etapa pode fazer o Enem com o propósito de acesso à educação superior. Os participantes que ainda não concluíram o ensino médio também têm a oportunidade de participar, como treineiros – nesse caso, os resultados servem apenas para autoavaliação dos conhecimentos e preparação para futuras edições. Dos 4,3 milhões de participantes na edição mais recente, 866 mil (20%) foram treineiros.

“Não há dúvidas de que o Enem tem sido um instrumento importante para a democratização do acesso à educação superior no Brasil, processo que precisa ser ainda mais acelerado nos próximos anos para cumprir os objetivos do novo Plano Nacional de Educação”, diz Lúcia Maria Teixeira, presidente do Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp).

Ela se refere à meta de ter, até 2034, 44% dos jovens brasileiros com idade entre 18 e 24 anos cursando o ensino superior. O porcentual atual é de 20%, bem abaixo da meta que havia sido estabelecida pelo plano anterior, 33%. “A única forma de chegar lá é fortalecer e multiplicar os incentivos de acesso, tanto à rede pública quanto à privada”, observa a presidente do Semesp.

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Não há dúvidas de que o Enem tem sido um instrumento importante para a democratização do acesso à educação superior no Brasil

Lúcia Maria Teixeira, presidentedo Sindicato das Mantenedorasde Ensino Superior (Semesp)

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Um poucode história

Ao ser criado, em 1998, o Enem foi baseado em dois modelos, o SAT (sigla em inglês para Teste de Aptidão Escolar), adotado nos Estados Unidos, e o Baccalaureate, da França. Na primeira edição, o concurso despertou baixo interesse, com 157,2 mil inscrições, pouco mais de 10% do total de 1,5 milhão de estudantes que terminariam o ensino médio naquele ano.

Um grande salto ocorreu em 2004, quando a nota do Enem passou a ser usada para a concessão de bolsas de estudo integrais e parciais em universidades privadas, por meio do Programa Universidade para Todos (ProUni). A procura dobrou de um ano para o outro, chegando pela primeira vez à marca de 3 milhões.

Hoje, as quatro áreas de conhecimento que compõem as provas do Enem são: linguagens, códigos e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; e matemática e suas tecnologias. Há também a redação, desenvolvida a partir de uma situação-problema apresentada. Tirar nota zero na redação é o único motivo que impede o candidato com ensino médio completo de utilizar as notas do Enem para acesso ao ensino superior.

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