Aluna do 3° ano do ensino médio do Porto Seguro, Sofia Gonçalves Dias Barboza, de 17 anos, está no processo de aplicação para universidades estrangeiras. Ela pretende fazer o SAT neste ano e tentar diversas instituições que o aceitam, como University of Cambridge, University of Toronto e Harvard Medical School.
“A burocracia para estudar fora do Brasil é completamente diferente do que eu estava acostumada, desde os sistemas de aplicação até a forma como as notas são dadas. Mas, com muita pesquisa e ajuda do colégio, eu consegui achar o que precisava e entender os sistemas”, conta.
Para ela, estudar em uma escola internacional, aprender línguas como alemão, espanhol e inglês e ter contato com essas culturas foi decisivo nesse processo. “Sem as línguas estrangeiras, eu não teria sequer entendido os sites das universidades.”
Sofia quer cursar Medicina e diz que, mesmo com excelentes faculdades no Brasil, o interesse despertado pelo ensino da escola a fez olhar para outros horizontes. “O colégio sempre me incentivou a estudar fora com exames internacionais de grande importância, como o de Cambridge, em que alcancei nível máximo, palestras com estudantes e profissionais brasileiros que foram para o exterior e parcerias oferecidas aos alunos.”
Imersão desde cedo
Enquanto Sofia se prepara para estudar no exterior, essa perspectiva já é realidade para André Rakesh Aildasani, de 18 anos, ex-aluno do Porto Seguro. Ele se formou no 3° ano do ensino médio em 2022 e no Abitur em 2023. Agora, em agosto de 2024, ele inicia o primeiro semestre na University of Pennsylvania, nos Estados Unidos, em um programa de dupla graduação em Economia e Relações Internacionais.
André conta que o processo de aplicação para o exterior começou bem antes. Desde o 1° ano do ensino médio, ele participou de atividades extracurriculares que foram importantes para a admissão nos EUA. Ele foi representante de turma, voluntário em uma ONG, host de um podcast e liderou campanhas de doações no colégio.
Além das atividades e dos exames, as universidades requerem também várias redações específicas, as chamadas “college essays”. “São textos bem trabalhosos, reflexivos e pessoais”, comenta. Por fim, a instituição pediu três cartas de recomendação: uma da orientadora e duas de professores.
De acordo com ele, ter crescido em um ambiente trilíngue foi importante para a admissão na universidade. “Desde pequeno, eu estive imerso em textos, livros e discussões em outros idiomas, além de conviver diariamente com pessoas nascidas em outros países. Isso me ajudou não só a aprender os idiomas em si, mas também a olhar o mundo de forma multidimensional e entender culturas diferentes.”
Ele relata que fez no colégio várias pesquisas, projetos e estudos de caso em inglês e alemão, o que lhe deu bagagem acadêmica e o preparou para escrever as “college essays”. “Estudar no Porto me possibilitou pensar em estudar fora desde muito cedo. A partir do 9° ano, eu já tinha certeza de que iria para o exterior. A consciência dessa possibilidade é muito importante.”
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