A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) vai realizar vistoria para avaliar a área da Universidade de São Paulo (USP), em Ermelino Matarazzo, na zona leste de São Paulo. O prazo para a universidade sanar os problemas decorrentes da contaminação verificada no local terminava nesta quinta-feira, dia 3. De acordo com a companhia, a data da fiscalização ainda será definida e o objetivo é verificar se a instituição atendeu às exigências contidas no auto de advertência emitido em 2 de agosto.
A Cetesb deu 60 dias para que a universidade tomasse medidas em relação ao problema. “Nesse prazo, que vence hoje, a USP Leste deveria ter realizado a investigação detalhada e desenvolvido plano de intervenção na área contaminada, além da instalação e operação dos sistemas de extração de gases do subsolo e a remoção do solo depositado indevidamente em parte do câmpus, não ocupada ou edificada no momento”, diz a Cetesb, em nota.
A companhia lembra que o problema da contaminação por gás metano se concentra no subsolo e que há restrições ao uso da água subterrânea e ao contato direto com o solo. Além disso, a Cetesb garante que não há riscos de explosões ou contaminação direta aos frequentadores do câmpus.
A assessoria da USP Leste reconhece que ainda não foram implementantadas as exigências que a Cetesb recomendou. Já a USP afirma, por meio de nota, que a Superintendência do Espaço Físico “está realizando ensaios complementares a respeito dos valores em lajes de edificações na USP Leste”. De acordo com a universidade, as pesquisas em quatro edificações não apontam a existência de vapores além dos níveis de segurança. Já com relação ao solo, a universidade afirma que fará levantamento dos depósitos. A USP garante ainda que não há riscos aos prédios nem à saúde da comunidade. “As áreas em levantamento de terras encontram-se devidamente isoladas até o término das pesquisas solicitadas pela Cetesb”, diz.
Alunos, professores e funcionários da USP Leste estão em greve desde o dia 10 de setembro, quando a Cetesb publicou um laudo confirmando a poluição do solo onde está instalado a unidade. Os estudante também pedem o afastamento diretor interino da Escola de Artes, Ciência e Humanidades (EACH), Edson Leite.
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