SÃO PAULO - Cerca de 100 professores em greve protestam na frente da Secretaria Estadual de Educação (SEE), na Praça da República, região central de São Paulo, na manhã desta quarta-feira, 13. Eles aguardam o resultado de uma reunião entre representantes do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) e o secretário de Educação, Hermann Voorwald.
Os docentes querem reajuste salarial de 75,33% para equiparação do salário da categoria a outras carreiras de ensino superior. Eles estão paralisados há dois meses. Já o governo Geraldo Alckmin (PSDB) chama a greve de "extemporânea" e diz que a categoria teve reajuste de 45% nos últimos quatro anos.
Para evitar confrontos como o que aconteceu no mês passado entre o sindicato e o secretário, quando black blocs infiltrados tentaram invadir a secretaria, a Polícia Militar bloqueia a entrada do prédio. A calçada também está fechada por grades, para evitar o avanço dos manifestantes.
Os grevistas montaram um "varal" de holerites na frente da SEE. Este foi o primeiro mês em que os demonstrativos já vieram com os descontos por falta dos professores no mês de maio, quando começou a paralisação. A Apeoesp informou nesta terça-feira, 12, que recorre no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o corte de ponto. Na semana passada, a Justiça derrubou liminar obtida pela entidade que evitava o desconto das faltas.