Depois de falar em sala de aula sobre o funcionamento da suspensão dos automóveis, o professor propõe aos alunos: “Vamos dar uma olhada nisso?” Todos atravessam uma porta para um laboratório adjacente, onde um carro em um elevador de veículos possibilita a demonstração prática daquele conteúdo. Os alunos visualizam o que o professor havia dito e voltam à sala de aula com observações e dúvidas.
Esse é um exemplo real do cotidiano do Instituto Mauá de Tecnologia, onde a teoria e prática se conectam o tempo todo, de forma orgânica e plenamente integrada ao currículo. “Aqui o aprendizado é concretizado com problemas reais. Os alunos colocam a mão na massa desde o começo do curso”, conta o reitor, José Carlos de Souza Jr.
A materialização dessa proposta de ensino se dá especialmente nos mais de 120 laboratórios da instituição, número que representa mais que o dobro das salas. Há, por exemplo, um laboratório montado com recursos da Indústria 4.0, conceito que diz respeito à integração das tecnologias mais avançadas, como inteligência artificial, big data e internet das coisas.
Os laboratórios são compartilhados por alunos e todos os cursos da instituição, que oferece 16 opções de graduação. Muitas dessas estruturas são mantidas por parceiras do Centro de Pesquisas com indústrias interessadas em desenvolver projetos ligados a problemas reais.
Aprendizado para a vida
Outra das características marcantes do ensino na Mauá é a interdisciplinaridade. Os alunos de um curso estão o tempo todo em contato com colegas dos outros cursos, o que enriquece as experiências e desenvolve os atributos de comportamento, tão valorizados hoje pelo mercado.
“Essa troca permanente nos aproxima do que é a vivência real nas empresas, onde é preciso conciliar diferentes pontos de vista”, avalia Pedro Guedes Calixto, aluno do curso de Engenharia de Produção e atual diretor de Projetos da Mauá Júnior, empresa júnior de consultoria que congrega alunos dos mais diferentes cursos. Um exemplo, lembra Pedro, foi o desenvolvimento de um ponto de ônibus durante um hackathon, no ano passado. “Nesse projeto, interagi com colegas da Engenharia Civil, do Design e até da Administração”, descreve.
Thiago Cavalheri, aluno do quinto ano de Engenharia Mecânica, envolveu-se desde o início do curso com a Mauá Racing, equipe de automobilismo que participa da Fórmula SAE. Agora, prestes a se formar, ele se tornou o capitão da equipe e acumulou muitas histórias de aprendizado por causa dessa atuação, incluindo viagens internacionais – no início de maio esteve nos Estados Unidos, como líder de 20 colegas, para participar de uma competição. “A Mauá tem uma importância enorme na minha vida, pois me mostrou tanto a área em que eu gostaria de atuar profissionalmente quanto o que eu quero para o meu futuro no sentido mais amplo”, diz Thiago. Para saber mais sobre a Mauá, consulte o site maua.br.
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