Nesta segunda-feira, 29, das 9h30 às 13h, o evento Reconstrução da Educação, promovido pelo Estadão, terá uma programação especial de debates que apontarão caminhos para o Brasil ter uma escola pública de qualidade. Os encontros serão no Museu do Ipiranga, em São Paulo, e podem ser acompanhados pelo canal do Estadão no YouTube.
Entre os temas que serão debatidos pelos especialistas estão as transformações e desafios que vivenciaram os profissionais das escolas públicas nos últimos anos e como criar uma agenda para recuperar as perdas de ensino que o País teve durante a pandemia. A abertura será feita por Izolda Cela, secretária executiva do Ministério da Educação (MEC).
Entre os participantes dos debates estão Renato Feder, secretário da Educação do Estado de São Paulo, Tabata Amaral (PSB-SP), deputada federal e presidente da Frente Parlamentar Mista da Educação, Priscila Cruz, presidente executiva do Todos pela Educação, Vitor De Ângelo, presidente do Conselho de Secretários Estaduais de Educação (Consed), Claudia Costin, presidente do Instituto Singularidades, Rebeca Otero, coordenadora de Educação da Unesco no Brasil, e Luiz Miguel Garcia, presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).
No primeiro meet point da série Reconstrução da Educação, gestores públicos e pesquisadores da área destacaram que a recomposição da educação no Brasil passa pelo fortalecimento de uma cultura democrática nas escolas, pelo combate às desigualdades desde a alfabetização e pelo investimento em professores.
Já no segundo encontro, os especialistas discutiram a ampliação das vagas de tempo integral nas escolas brasileiras. Segundo o Censo Escolar de 2022, somente 14,4% dos alunos da rede pública estão matriculados no ensino integral em todo o País – o Plano Nacional de Educação (PNE) estabelece 25% dos alunos da educação básica como meta para 2024. O levantamento aponta, ainda, que metade das escolas públicas brasileiras não possui nenhum estudante em modalidade integral.
No terceiro bate-papo, os convidados falaram sobre como a alfabetização, tanto na idade certa quanto para alunos mais velhos que tiveram uma lacuna de aprendizagem, deve ser uma prioridade para evitar o “efeito cascata” que aparece com o crescimento dos níveis de analfabetismo.
Depois, o assunto foi o ensino médio e o que pode ser feito para melhorar a última etapa da educação básica. Para os especialistas, uma política nacional de reestruturação deve ser pensada além das mudanças curriculares, considerando, por exemplo, a melhoria da infraestrutura física e pedagógica das unidades escolares e uma política de permanência de estudantes.
Na última quinta-feira, o meet point discutiu melhorias no ensino fundamental 2. Entre os desafios estão superar defasagens de aprendizagem e aumentar a conexão da escola com as novas gerações por meio da tecnologia.
Programação
- 15/5 – Educação no Brasil hoje e recomposição da aprendizagem (veja como foi);
- 16/5 – Ensino integral e professores (veja como foi);
- 18/5 – 10h: Educação infantil e alfabetização (veja como foi);
- 23/5 – 10h: Ensino médio; (veja como foi);
- 25/5 – 10h: Ensino fundamental 2 e tecnologia (veja como foi);
- 29/5 – das 9h30 às 13h: Fórum Reconstrução da Educação.
Veja como fazer a inscrição aqui.
Reconstrução da Educação é uma realização do Estadão, em parceria com a Fundação Itaú, Fundação Lemann, Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, Fundação Vivo Telefônica, Instituto Natura e Instituto Península. E tem o apoio do Consed, da Undime e do Todos Pela Educação.
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