Muito dos fiscais eram estudantes de pós-graduação ou ex-alunos da USP. Um coordenador da minha equipe disse que estávamos prezando pela qualidade dos futuros alunos, por isso deveríamos ser rígidos para impedir que trapaceiros passem na Fuvest, mas atenciosos para que os bons alunos não ficassem nervosos.
Durante a prova, tentei olhar uma ou outra questão que o pessoal estava resolvendo, mas só fiquei na vontade. Não poderia ficar muito tempo parado lendo a questão para não incomodar os estudantes. Apesar de toda a tensão que fica no ar nesses momentos, me deu um pouco de saudades do tempo e desses momentos de decisão, de tudo ou nada.
A prova seguiu sem nenhuma complicação na minha sala, salvo algumas pessoas com carteira de identidade com suas fotos de criança, o que complica a situação. Felizmente nenhuma baixa, mas esses devem ter ficado um pouco nervosos. No fim, fiquei com vontade de chegar em casa e testar minha capacidade. Acho que farei a prova novamente no futuro só para verificar isso.
Bruno Queliconi é doutorando no Instituto de Química da USP
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