SÃO PAULO - A Secretaria Municipal de Educação de São Paulo orientou as 103 escolas da região do Tremembé e Jaçanã, na zona norte da capital, que estão sem receber merenda, a usar “recursos de reserva” e comprar lanches. Mas nesta quinta-feira, 7, novamente alunos tiveram de ser dispensados das aulas.
A empresa que fornecia a merenda para essas unidades rompeu o contrato com a Prefeitura. Sem alimentação escolar desde quarta, alguns colégios optaram até por solicitar aos pais que mandassem lanche para as crianças. Mesmo assim, em alguns casos a liberação das crianças foi inevitável. Na Escola Marina Nogueira de Souza Martins, no Mandaqui, por exemplo, os alunos foram liberados uma hora mais cedo.
Ingrid Stella Zarpentin, de 35 anos, ficou sabendo que a escola estava sem merenda pelos motoristas da van escolar que levam o filho de 4 anos para a escola. “Nem ao menos a Prefeitura nos comunicou formalmente ou com antecedência para que pudéssemos nos programar”, disse.
Ela preferiu que o filho ficasse em casa a ir à escola e correr o risco de ficar sem a merenda. “É tanta desorganização que a gente não sabe se realmente vai ter alguma coisa para as crianças comerem. A escola disse que ia usar o dinheiro da APM (Associação de Pais e Mestres) para comprar algumas bolachas”, contou.
Na quarta, algumas escolas já haviam usado esse recurso específico e não sabiam até quando a verba seria suficiente para comprar os alimentos. Segundo a Prefeitura, na sexta-feira, a empresa Prol Alimentação rompeu o contrato depois de não apresentar as certidões de quitação de imposto e, por isso, ficar impossibilitada de receber as faturas emitidas pela pasta. A Prefeitura não informou por que o problema não foi resolvido antes.
Normalização. A gestão municipal informou ainda que a empresa será multada em 20% do valor do contrato pelo descumprimento de obrigações contratuais. A expectativa é de que a distribuição de merenda será normalizada na segunda-feira, com o início do contrato emergencial de uma nova empresa.
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