Tarcísio admite falhas na segurança após ataque a escola em Sapopemba: ‘Sentimento de frustração’

Governador prometeu contratar mais psicólogos e estuda a entrada de profissionais privados na rede estadual

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Foto do author Gonçalo Junior
Atualização:

Após o ataque a tiros que matou uma estudante de 17 anos e deixou três pessoas feridas, em uma escola em Sapopemba, zona leste de São Paulo, nesta segunda-feira, 23, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), admitiu falhas na segurança da rede estadual. Também prometeu contratar mais psicólogos - o poder estadual afirma ter contratado 500 desde abril - e estuda a entrada de profissionais de segurança privada para atuação na rede estadual, promessa que já havia sido feita nos últimos meses.

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“Num primeiro momento, a gente vai aproveitar o contrato que nós já temos e aditivar, que é o caminho mais rápido. Então, a gente traz mais psicólogos para dar mais assistências”, disse.

O governador reconheceu que as medidas adotadas até agora não estão surtindo efeito. As aulas na Escola Estadual Sapopemba serão interrompidas por dez dias, segundo o governo estadual.“Além do sentimento de tristeza, fica o sentimento de frustração. É hora de rever tudo o que a gente está fazendo para que a gente evite novas ocorrências. A gente não pode deixar que esse tipo de coisa aconteça. A escola tem de ser um lugar seguro”, disse Tarcísio.

Tarcísio de Freitas visitou a Escola Estadual Sapopemba: 'Aí alguém pode perguntar, mas o governo falhou? Provavelmente nós falhamos'. Foto: TABA BENEDICTO/ESTADÃO

“A gente tem que combater o bullying, a gente tem de combater a homofobia e, depois de uma situação dessa, você chega à conclusão de que ainda não somos capazes”.

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Por outro lado, o governador afirma que 165 suspeitas ou tentativas de ataques a escolas foram evitadas desde março, quando um aluno de 13 anos matou uma professora na Vila Sônia, zona oeste. “Aí alguém pode perguntar, mas o governo falhou? Provavelmente nós falhamos.”

O secretário de Educação Renato Feder afirma que a escola não identificou sinais de que o atirador fosse um potencial agressor. Ele disse ainda que a escola contava com atuação regular de uma psicóloga e que não tinha conhecimento das ameaças. “Nós tivemos 15 atendimentos no último mês da psicóloga, houve treinamento contra agressão ativa na comunidade escolar.”

NOTA DA REDAÇÃO: O Estadão decidiu não publicar detalhes sobre o autor do ataque. Essa decisão segue recomendações de estudiosos em comunicação e violência. Pesquisas mostram que essa exposição pode levar a um efeito de contágio, de valorização e de estímulo do ato de violência em indivíduos e comunidades de ódio, o que resulta em novos casos. A visibilidade dos agressores é considerada como um “troféu” dentro dessas redes.

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