SÃO PAULO - A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) aprovou nesta terça-feira, 5, proposta de reajuste salarial de 1,5% para professores e técnicos. O mesmo índice, abaixo da inflação do último ano, que foi de 2,9%, também foi apresentado pela Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Estadual Paulista (Unesp).
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Na semana passada, a Unicamp havia tentado votar a proposta no Conselho Universitário, órgão máximo da instituição, mas os servidores fizeram piquetes e impediram a reunião. Agora, o reajuste salarial será discutido pelo Cruesp, conselho de reitores das três universidades, com o Fórum das Seis - entidade que representa sindicatos de professores e funcionários das três instituições – e que pede índice de 12,6%. O valor é necessário, segundo a entidade, para compensar as perdas dos últimos cinco anos.
A reunião do Cruesp está marcada para quinta-feira, 7.
Os reitores alegam que as universidades não têm condições financeiras para um reajuste maior. Na Unicamp, o aumento proposto representa ao longo de um ano um custo extra de R$ 30 milhões. Na Unesp, implica um acréscimo de R$ 21 milhões.
Crise. Em 2017, o Cruesp não deu reajuste, alegando “alto comprometimento de orçamento com a folha de pagamento”. À época, o gasto com salários superava em 4% os repasses que as instituições recebem do Estado. As três estaduais recebem cota fixa de 9,57% da arrecadação estadual do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Nos primeiros cinco meses deste ano, nenhuma das três ultrapassou o repasse com o gasto com servidores. As universidades receberam R$ 3,93 bilhões do Estado, sendo R$ 3,61 bilhões para o pagamento dos salários.
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