Proficiência é um termo comumente relacionado à comprovação do domínio de idiomas por meio de exames linguísticos padronizados, aceitos internacionalmente, que medem em qual nível o aluno se encontra com relação a uma escala pré-estabelecida de conhecimentos possíveis.
Os exames são elaborados a fim de testar as quatro habilidades comunicativas básicas - listening, speaking, reading e writing (em português: compreensão auditiva, produção oral, leitura e escrita), bem como componentes linguísticos como vocabulário, gramática, pronúncia, entonação e ortografia.
Atualmente a maior parte dos exames internacionais segue a classificação dos níveis de conhecimento linguístico proposta pelo Common European Framework (CEFR) - Quadro Comum Europeu de Referência para Línguas.
Veja os níveis existentes e a descrição das expectativas em cada um deles:
Fonte: Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas - Aprendizagem, Ensino, Avaliação. In: Perspectivas Actuais/Educação. Ministério da Educação de Portugal. Lisboa, 2001, p. 49. Adaptado para o Português do Brasil.
Os níveis A são compreendidos como usuários iniciantes da língua; os da categoria B, como usuários independentes; e os classificados como C, como usuários proficientes. Essa escala de conhecimentos organiza, de forma resumida, as principais capacidades de uso da língua em situações cotidianas, sobretudo nos âmbitos acadêmico e profissional.
Contudo, o estudante de idiomas, autodidata ou frequentador de instituições de ensino formais, tendo ou não conquistado o status de proficiente no idioma que estuda, deve ter em mente que sempre será possível expandir o seu conhecimento linguístico.
Aliás, esse é um aspecto motivacional maravilhoso, que deveria ser usado para nortear o processo de aprendizagem ou de aquisição de idiomas.
À medida que a pessoa avança os estudos linguísticos, consegue potencializar a sua capacidade de seleção vocabular, que se torna progressivamente mais assertiva, por exemplo. Certamente, também conseguirá colocar em prática as suas habilidades de comunicação de forma cada vez mais rápida e sofisticada.
Está comprovado cientificamente que a aprendizagem contínua de um segundo idioma transcende a esfera linguística, contribuindo para o desenvolvimento não só intelectual e cultural da pessoa, mas também cognitivo. Uma pesquisa na área da Neurolinguística (Green DW, Crinion J, Price CJ., 2007) revelou que os cérebros dos bilíngues proporcionam-lhes nove benefícios adicionais em comparação aos dos monolíngues. Dentre eles, destaca-se a capacidade de desenvolver uma quantidade maior de massa cinzenta em uma região associada à aquisição de vocabulário. A massa cinzenta concentra uma boa porção das células nervosas do cérebro. Quanto maior a quantidade de massa cinzenta, melhor e mais rapidamente o cérebro torna-se capaz de executar uma tarefa.
Voltando aos exames de proficiência, como existem muitos e alguns são bem específicos, selecionei apenas cinco relacionados à língua inglesa, que se encontram entre os mais prestados no mundo:
Recomendo que o estudante que deseja prestar um exame de proficiência para fins acadêmicos ou de trabalho informe-se detalhadamente sobre os pré-requisitos de admissão da instituição na qual pretende ingressar. Normalmente é fácil fazer isso apenas visitando o website da instituição.
No entanto, caso o estudante esteja cursando o Ensino Fundamental II ou o Ensino Médio e também queira obter uma certificação internacional, ainda que não saiba a finalidade com que vai usá-la, aconselho que consulte professores ou coordenadores pedagógicos de Inglês em busca de auxílio para a escolha do exame mais compatível com o seu perfil.
O Colégio Vital Brazil tornou-se centro de aplicação de exames de Cambridge em 2013. Até o momento, 100% dos alunos que prestaram exames internamente foram aprovados. O Departamento de Inglês oferece cursos preparatórios para o FCE, CAE e CPE para alunos do Ensino Fundamental II e Ensino Médio. Para os candidatos aos exames, acrescentam-se ao programa aulas semanais on-line e plantões de dúvida presenciais.
Grande parte dos nossos alunos têm como meta a obtenção de um certificado de proficiência durante o Ensino Médio. Uma iniciativa excelente para quem não quer que a comprovação de fluência em Inglês seja um impeditivo para alguma conquista futura.
Vale ressaltar que os certificados internacionais de proficiência também são usados como uma autoavaliação linguística precisa, para que a pessoa possa traçar metas de desenvolvimento pessoal.
Elaine Aaltonen
Coordenadora Pedagógica do Departamento de Inglês.
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