Eliane Cantanhêde

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"Apesar da guerra BC x Governo, a entidade cuida dos interesses do Executivo"

O Comitê de Política Monetária (Copom) reforçou, por meio da ata da sua última reunião, que eventuais ajustes futuros na taxa básica de juros do país serão ditados pelo “firme compromisso de convergência da inflação à meta.”O colegiado interrompeu o ciclo de cortes na semana passada, mantendo a Selic em 10,5%, em uma decisão unânime. Segundo o Copom, o comportamento do mercado de trabalho e da atividade doméstica têm surpreendido e divergido da desaceleração esperada.Isso é verdade especialmente para consumo das famílias, disse o comitê.Além disso, o aumento das expectativas de inflação também é um fator de preocupação. "Essa ata era muito esperada, mas veio um pouco óbvia. Ela foca no cenário internacional e no aquecimento da economia brasileira, mas o mais interessante é o recado ao Governo Lula: os juros serão mantidos por tempo suficiente para manter inflação sob controle. Apesar da guerra do BC com o Governo, a entidade está cuidando dos interesses do Executivo", analisa Cantanhêde.

25/06/2024 | 15h09
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Eliane Cantanhêde entrevista deputado Reginaldo Lopes

Um grupo de trabalho da Câmara dos Deputados apresentou ontem o texto com as regras do novo sistema de impostos. O relatório ainda vai ser discutido antes da votação em plenário. O texto apresentado nesta quinta-feira é resultado de discussão do grupo de trabalho que começou em maio e ainda pode ser modificado.
O relatório deixou carnes, frango e peixes fora da nova cesta básica nacional, que ficará isenta de impostos. Para não prejudicar a população mais pobre, os deputados e o governo querem ampliar o chamado cashback - sistema que devolve parte dos impostos para famílias que têm renda, por pessoa, de até meio salário mínimo e que estão incluídas no Cadastro Único, o CadÚnico. O Congresso ainda vai discutir o formato do cashback e como as famílias receberão esse dinheiro - um dos pontos de atenção do deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), integrante do Grupo de Trabalho, que concede entrevista a Eliane Cantanhêde.

05/07/2024 | 13h03
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"Haddad foi a pessoa de bom senso que aconselhou Lula a recuar"

O presidente Lula disse ontem que o governo tem compromisso com a responsabilidade fiscal. A declaração ocorre após o petista ter sido alertado por economistas de dentro e de fora do governo sobre o impacto de suas falas no dólar e o reflexo na inflação. A mudança de tom no discurso foi acompanhada por uma queda na cotação do dólar à vista, de 1,7% (quase 10 centavos), aos R$ 5,5684, a maior baixa porcentual desde agosto de 2023. Na Bolsa, o Ibovespa subiu para os 125.661,89 pontos (+0,7%). A afirmação ocorreu no lançamento do Plano Safra familiar no Palácio do Planalto, de R$ 76 bilhões para a agricultura familiar. "As falas destrambelhadas do presidente contra o Banco Central e cortes de gastos eram o que estava fazendo o dólar explodir. Se havia um ataque especulativo do Mercado era porque Lula os estimulava. Ele foi aconselhado a recuar por quem tem bom senso: Fernando Haddad, ministro da Fazenda. A disparada do dólar aumenta a inflação e, se isso acontecer, aumentam os juros; você sai do circulo virtuoso e entra no vicioso", comenta Eliane.

04/07/2024 | 13h00
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"Campos Neto afirmou que ruídos causam alta do dólar. Quem causa isso?"

O presidente Lula recebe hoje o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O encontro, já anunciado por Haddad, ocorre em meio a um momento de tensão na economia do país, com o dólar, em disparada, tem atingido os maiores valores em dois anos e meio; com o governo buscando formas de cortar gastos públicos para garantir equilíbrio fiscal; e o confronto de Lula ao mercado, que gostaria de ações mais claras do governo no sentido de conter despesas. "Lula vai discutir a questão que trouxe para dentro de seu coração - a guerra com Banco Central, juros e com o presidente da entidade, que também reagiu. Roberto Campos Neto afirmou que a alta do dólar é em função de ruídos. E quem causa isso na Economia, com o BC e contra juros? O presidente Lula", diz Cantanhêde.

03/07/2024 | 13h06
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Eliane Cantanhêde entrevista Gustavo Franco

Na semana em que o Real completa 30 anos de existência, o marco na economia brasileira é o tema da conversa de Eliane Cantanhêde e do âncora do Jornal Eldorado Haisem Abaki com Gustavo Franco, economista, ex-presidente do Banco Central do Brasil e professor do Departamento de Economia da PUC-Rio.

02/07/2024 | 12h40
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"Controlar a inflação é mudar o País; criar nova era no Brasil"

Há 30 anos, em 1° de julho de 1994, o real era colocado em circulação. Apesar de ser a maior marca do Plano Real, essa foi só a ponta final de um extenso plano econômico que pôs fim a uma era de hiperinflação e constantes trocas da moeda corrente do Brasil. De lá para cá, o real já se desvalorizou bastante. A inflação oficial do país acumulou alta de 708% nesses 30 anos. "Temos de reconhecer que todos os grandes economistas, 'pais' do Real - aqueles que se reuniram para mudar o País, porque controlar a inflação é mudar o País; criar nova era no Brasil -, indicam que isso foi possível graças à força do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Foi ele que garantiu o apoio do presidente Itamar Franco e 'bancou' intelectual e politicamente o Plano Real. Foi uma era de ouro no País. O passo seguinte seria equilibrar as contas públicas, que é o discutido até hoje", afirma Eliane.

01/07/2024 | 13h04
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